Tudo que te ensurdeceu e eu não vi

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CAPÍTULO NÃO REVISADO
Peço ajuda e me indiquem caso aja algum erro de escrita, digitação e etc.
Boa leitura!

Regulus Black
Ano de 1982

Eu me escondia desde o final da guerra.

O que eu mais queria naquele momento era falar com meu irmão, dizer que eu lutei sim ao seu lado e que salvei ele para que ele pudesse ver que eu não era um comensal, mas eu não tinha coragem parar ir atrás de Sirius.

Não tinha coragem de contar para meu irmão que era eu ali atrás dela ruína, que o salvei do comensal que o atacaria, não tinha coragem para mostrar que estou arruinado querendo correr para o colo do meu irmão mais velho.

Walburga e Orion haviam me deserdado quando perceberam que troquei de lado e tive que fugir para que meus pais não me torturassem até a morte.

Me escondi em um casa da minha família, estava abandonada a anos, era bem escondida no meio de uma floresta, era usado quando a caça a unicórnios ainda era legal e alguns dos meus ancestrais vinham aqui para caçar os pobres animais.

Sinceramente, eu amava o silêncio daquele lugar, mas odiava o barulho da minha mente, minha cabeça não parava de pensar em tudo, não parava de imaginar cenários onde Sirius me rejeitava mesmo depois tudo ou que meus pais descobrissem onde eu estava e tentassem me levar de voltar para mansão Black.

– Eu queria tanto me desculpar com ele. – Murmurava para eu mesmo.

Terminei o chá que estava fazendo e o coloquei em uma xícara para poder tomá-lo. Nesses dois meses pós guerra eu tenho tido muita dificuldade para dormir, me causava pânico fechar os olhos e ter que sonhar com a guerra, com meus pais ou com Sirius.

Tomei todo meu chá e fui direto para o quarto que organizei para ser meu, deitado na cama olhando para aquele teto, com a luz da lua entrando pelas frestas da cortina de minha janela, me imaginei com meu irmão, dessa vez não de um modo ruim.

Talvez ele me aceitasse, ou até quisesse voltar a sermos uma família eu e ele. Pensei.

Mas logo os pensamentos ruins voltaram.

Claro que ele não vai querer voltar a ser uma família, a família dele agora é aquele lobisomem e os Potter. Ele nunca vai me aceitar.

As lágrimas desciam pelo meu rosto, eu não conseguia as segurar e minha visão já estava começando a ficar turva por meu olho se encher demais elas.

Meu irmão me odeia, a única pessoa que eu queria orgulhar de verdade, me odeia, ele me odeia.

Os soluços começaram.

Eu vou viver nessa casa sozinho para sempre, sem família, sem ninguém.

Eu queria gritar, mas tantos dias calado parece que tinham me deixado totalmente mudo, então eu apenas chorava, tremia muito e soluçava.

Então eu dormi chorando e com uma dor de cabeça horrível.

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Eu estava com Sirius, mas não éramos nós adultos, éramos crianças de novo.

Sirius tinha sete anos e eu cinco, nossos pais tinham o machucado depois dele quebrar algo enquanto brincava comigo pela mansão, eu acho que era algo importante para mamãe porque ela estava muito brava.

Eu estava com raiva porque Sirius não quebrou por querer, e diferente das outras vezes que eu apenas me encolhia com medo dos nossos pais, eu me coloquei na frente de Sirius, eu queria proteger ele, igual ele sempre me protegia.

Flor de LisOnde histórias criam vida. Descubra agora