𝐏𝐞𝐝𝐫𝐨 𝐆𝐮𝐢𝐥𝐡𝐞𝐫𝐦𝐞

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Podem ler escutando a música de sua preferência, mas é mais romântica possível

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Podem ler escutando a música de sua preferência, mas é mais romântica possível.

Aproveitem a leitura 💗.

𝚅𝚒𝚟𝚒𝚊𝚗𝚎 𝙵𝚎𝚛𝚛𝚎𝚒𝚛𝚊

Mexi as mãos no meu colo e encarei o Varela e a esposa Paula com a sua bebê na minha frente, eles tentam acalmar ela que resmunga a cada minuto.

O Pedro tá sentadinho do meu lado nesse sofá enorme, passa a mão no rosto várias vezes tentando afastar o sono, mas não adianta muito. Nós dois de pijamas com o cobertor na gente e nem conseguimos dormir tanto já que o Varela e a Paula entraram desesperados com a Milena por estar sentindo alguma dor, mesmo o Pedro estando morrendo de sono e pronto pra dormir, ele atendeu eles.

Ele olha todo atento pros dois prestando atenção no jeitinho que o Varela fala da filha. Todo admirado e um sorrisinho de cansaço no cantinho da boca.

Sei lá, essa parte de eu querer muito isso, muito ter um filha ou filho. De querer dar todo o carinho e amor que ele vai merecer, porque uma parte de mim diz que não posso, que não ter tido um pai presente e não ter recebido o amor e carinho da minha mãe me fizeram não ter conseguido desenvolver algo de verdade, me fazer querer fugir de algo, de mim mesma de vez em quando.

Ter vivido desde sempre dentro de um apartamento sozinha, ou, só depois de tanto tempo ter alguém pra fazer companhia, alguém pra estar ali e é diferente.

Você não espera nada o tempo todo e pra de repente você nem precisa pedir nada, porquê vai ter alguém.

Esse primeiro alguém que eu tive foi a Paula, a pessoa que cuidou de mim e apareceu do nada, a pessoa que eu conto de olhos fechados.

O Varela levanta a Milena do colo e passa pras mãos do Pedro e ele tenta segurar a Milena no colo, mas as mãos tremem e ele ajeita de qualquer jeito ela deitada no colo dele. Nossa, isso parece tão importante pra ele, tanto mesmo, o amor que ele encara a Milena me faz sentir um pouquinho mais aqui dentro, tudo transbordar, sabe?.

E isso me faz amar um pouquinho mais dele. A mão dele procura pela minha, toca na ponta dos dedos e entrelaça nossas mãos, passando o polegar por ela enquanto olha a Milena no colo dele.

Eu nunca tive muita ideia do que procurar, ou, se tinha que procurar algo, não tinha em quem me inspirar e pensar no quero ter um relacionamento perfeito igual ao dos meus pais, mas não podia ter algo que não tive nem a experiência de ver e conviver.

Minha mãe tentou ter algo com alguém pouquíssimas vezes, mas nunca um relacionamento de verdade, sem brigas e com alguém que ficasse e isso mexe muito comigo, na parte dela nem ter não ter tentado me amar de verdade, toda briga e discussão feia que acabasse cada vez mais com nos duas, ela fugia, fingia que tava tudo bem no outro dia, mas não se cansava disso, de não tentar pelo menos uma vez e isso me deixava com tanta dor de cabeça, eu chorava sempre no colo da Paula.

𝘐𝘮𝘢𝘨𝘪𝘯𝘦𝘴Onde histórias criam vida. Descubra agora