{lugares humanos criam monstros desumanos}
Clarke acordou em um ambiente fosco e mal iluminado, semelhante a um sonho. O escritorio era coberto por relógios, todos eles tinham os ponteiros parados, mas se reparasse direito, eles mexiam com extrema lentidão, de forma quase imperceptível. Em sua frente, uma figura encapuzada com um manto branco a observava, um rosto angelical e humano, mas era difícil indicar se era um homem ou uma mulher — Três segundos, é o tempo que temos
Ela entendeu o que os relógios significavam, e o tempo com certeza passava diferente naquele lugar, 3 segundos ali poderiam durar 3 horas — Onde estamos? — acreditou ser um sonho lúcido, e gostava de sonhos lúcidos, então sorriu — Eu gostei dos relógios — olhando em volta, percebeu que não havia janelas ou portas
— Não são relógios, Clarke, é o tempo — A pessoa misteriosa sorriu gentil e olhou em volta, admirando junto a ela o local com tons claros — Gostou?
— Um pouco claustrofóbico...— "que sonho estranho" — Me desculpe interromper mas por que estou aqui?
— Você está morta nesse momento, essa sala fica fora do seu plano terrestre, o tempo se estica e se dobra de formas que os humanos não podem compreender completamente — desviou o olhar até às próprias mãos, sobre a mesa — Acho que te daria tédio, não?
riu leve sem acreditar — Okay, então, voce é Deus? vai decidir se vou pra baixo ou pra cima agora? posso te perguntar uma coisa?
—Não para tudo, está aqui porque possui uma conexão com o sobrenatural que poucos humanos têm — os olhos de uma mistura de cores voltou a olhar Clarke, pareciam como dois espelhos — Nunca percebeu que tem uma sensibilidade única para o mundo além do véu da realidade? É por isso que você teve a oportunidade de falar comigo — sorriu novamente, de uma forma tão carinhosa e acolhedora que deixava Griffin sem medo, na verdade, ela se sentia muito bem vinda.
— É por que eu sei da existência de vampiros e lobisomens? — suspirou e se ajeitou em sua poltrona confortável, só então percebendo onde estava sentada, "Droga, a Lexa vai ficar triste..." de todas as pessoas e coisas a serem pensadas agora, essa foi sua maior preocupação
— Vamos dizer que, por aí — relaxou a postura, apenas a observando, esperando que ela entedesse sozinha — Não sabe mesmo quem eu sou?
— Um anjo?
A "pessoa" em sua frente riu da resposta e balançou a cabeça em negação — Vamos Clarke, você sabe quem eu sou, pensa um pouco, me sinta.
Griffin fez isso, o ponteiro do relógio bateu o primeiro segundo juntas, e então ela sentiu algo que sempre esteve ali mas não havia notado — Você é a vida
A vida sorriu e concordou — E sua jornada está apenas começando.
Começou a desconfiar de seu sonho lúcido porque aquilo era tão real quanto sua própria existência — Então eu não to morta, o que isso tudo significa?
A vida fez uma leve careta com essas perguntas, como se esperasse perguntas melhores, então suspirou e respondeu contra sua vontade — Você é uma chave — esticou a mão até a mesa em sua frente, estalando os dedos sobre ela e criando com magia uma espécie de maquete viva, com vampiros, lobisomens, bruxas e outras criaturas "fictícias" — A chave desse tabuleiro de xadrez cósmico, tem um objetivo a cumprir, mas não precisa, se você não quiser, livre arbítrio, certo?
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Sangue proibido
FanfictionNessa fanfic, acompanhamos a história de Clarke, uma jovem humana que perdeu seu melhor amigo e decidiu recomeçar sua vida em uma nova cidade, buscando escapar das memórias dolorosas que a assombram. Ao se instalar na pequena cidade de Forks, em Was...