[ . . . Eu deixaria o mundo queimar por você . . . ]
Griffin chegou em casa, sua namorada andou logo atrás, sem falar nada, já haviam conversado sobre a decisão.
Clarke segurou a maçaneta da porta do quarto mas não a abriu, hesitou, pensou que era a última vez que a veria, emocional recuou de todas as decisões. Era mais fácil dedicir o futuro de Madi quando ela não estava por perto, mas quanto mais perto chegava, menos disposta estava de cooperar.
Antes de pedir para que destrancasse, girou e abriu, lentamente, observando o silêncio e o vazio. Madi não estava lá, e a janela estava aberta.
Sua primeira reação foi entrar rápido, verificar embaixo da cama e os armários, chamar seu nome de forma nervosa, Lexa só deu um passo para dentro, friamente concluiu o que aconteceu, reparando como aquele quarto mudou desde a última vez que esteve lá, como agora ele era visível que ali viveu uma criança.
Clarke perdeu as forças ao mesmo tempo em que ganhou forças de tanta raiva que sentiu, sua voz saiu autoritária, perdendo o controle emocional — Lexie... o que você fez?
Lexa começou a juntar a bagunça de Madi, ajudando a ajeitar tudo nas caixas, juntando gentilmente as folhas para não amassar seus desenhos, não sabia o que responder, ainda era cedo para ter certeza, pensou se vale a pena arriscar e dizer que fugiu, mas e se um Volturi a pegou? Então, já era tarde.
— Não.. não, eu — a voz de Clarke vacilou, não sabia o que fazer, o que pensar — Eu prometi pra ela...
— Clarke — a encarou, muito séria — Ela não era sua.
A loira respirou fundo, concordou, tentou segurar seu choro, o aperto em seu peito foi muito pior do que achou que seria, mas não chorou.
Lexa continuou organizando as coisas, seus movimentos calmos contrastando com a tempestade emocional de Clarke. — Você vai ficar bem — se afastou dos objetos e se aproximou dela, oferecendo um abraço, Griffin negou — Eu vou? — riu indignada e alterou o tom, ficando na defensiva — Você a tirou de mim sem sequer me consultar. Ela confiava em mim, Lexa! Porra — se afastou ainda mais, em direção a janela, ajeitando o cabelo de forma nervosa, sentindo o medo dominar seu corpo lentamente — Não, não pode ser assim. Eu não sei o que você fez, mas eu exijo que você reverta isso — virou o rosto para a fuzilar com os olhos — Agora.
Lexa franziu as sobrancelhas e arregalou os olhos ao entender o que Clarke concluiu sozinha — Calma, acha que eu tenho haver com isso? Não, eu não..
— Eu não me importo com suas leis estúpidas, nem com a sua família de sanguessugas, okay? — Clarke praticamente falou gritando, a interrompendo, lágrimas surgiram em seus olhos mas não caíram — Eu prometi cuidar dela, e VOCÊ fudeu com tudo
— Eu só quero proteger você — Lexa retrucou, sua voz firme — Precisamos ser racionais, e eu não sei o que aconteceu, eu estou tão perdida quanto você, não me acuse, eu jamais faria algo sem deixar você se despedir.
— Racionais? — riu amargamente, secando as lágrimas antes que elas escapassem — Não há nada racional em destruir a vida de uma criança — suas mãos eram trêmulas, seu medo e raiva eram sentidas de longe, tinha dificuldade em não surtar — Por favor, isso não foi o combinado...
Lexa fechou os olhos por um momento, tentando manter a calma. — Eu sinto muito — poderia contar sobre os Volturi, mas ainda queria a poupar — Onde você achou que iria? Até onde? Qual era seu plano? — se aproximou um pouco. A dor venceu a raiva e Clarke deixou que a abraçasse — Você não tinha um — apertou suavemente o abraço, preferindo o silêncio do que a frieza do mais óbvio, ela provavelmente já estava morta
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Sangue proibido
FanfictionNessa fanfic, acompanhamos a história de Clarke, uma jovem humana que perdeu seu melhor amigo e decidiu recomeçar sua vida em uma nova cidade, buscando escapar das memórias dolorosas que a assombram. Ao se instalar na pequena cidade de Forks, em Was...