E crianças são feitas de sonhos

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[ . . . Não apresse o rio, ele corre sozinho . . . ]

Muita ousadia sua me incomodar — Lexa sorriu suavemente, sentada entre diversas fadas pequenas, usando uma coroa de flores — Seu lobo incompetente.

Madi sorriu assim que o viu, se levantando e correndo em sua direção, pulando em seus braços — Oi Papa! senti saudades

Roan sorriu gentil, ela também usava uma coroa de flores — Preciso falar em particular com a tia Lexa, okay?

Não, ela é minha aprendiz, precisa lidar com problemas, por que voltou? Achei que minha ordem foi clara, cuidar da Clarke — deslizou a mão na cintura e puxou uma adaga de prata, sorrindo com a ameaça sutil.

Roan soltou a criança e concordou, ajoelhou diante de Lexa, com respeito absoluto. Ele não seria seu servo se Echo não tivesse pedido, eles eram uma dupla há séculos — Precisa me ouvir — começou, sua voz era firme — A Clarke está em Forks.

Lexa levantou uma sobrancelha, seu sorriso desaparecendo — E? Eu não quero vê-la — voltou seus olhos à criança que agora estava ao seu lado — Nós não precisamos dela, certo?

Madi concordou, balançando sua coroa de flores, presente das fadas — Uhum, humanos são dispensáveis.

Roan sorriu leve — Estão erradas. Eu sou o rei dos lobisomens, um lobo solitário, sem matilha, acha que eu viria até aqui se não fosse importante? Você se lembra da noite em que me pediu para perseguir a Clarke? Foi você quem me envolveu nisso quando decidiu mostrar o nosso mundo a ela, e sabia as consequências, isso não tem volta, Alexandra, ou a elimine ou a transforme.

É o que diz na lei Volturi, ultrapassada e morta — Sorriu — É uma questão de tempo até os Cullen reivindicarem esse posto, até lá, meu dever é me proteger e proteger a Madi, a Griffin é problema seu — o apontou

As fadas ao redor se entreolharam, sensíveis ao clima cada vez mais tenso. Roan respirou fundo, sabendo que estava prestes a desencadear ódio, mas não seria a primeira vez que irrita alguém — Cuidei dela como você me pediu, eu cumpri minha missão, mas há algo que você precisa saber — Lexa fuzilou sua alma com a possibilidade quando leu os pensamentos, mesmo assim ele prosseguiu — Nos tornamos mais do que apenas amigos. Ela não sabe sobre Madi, mas ainda ama você, ainda sente sua falta, mesmo que não perceba completamente — bateu com força a mão no peito, um sinal de juramento — Eu amo aquela mulher, do fundo da minha alma, eu a amo profundamente, poderia ficar quieto na minha, continuar a missão a mim designada, mas é por amá-la que quero vê-la feliz. E ela não será feliz comigo.

A expressão de Lexa permaneceu inalterada, seus olhos ainda fixos em Roan. A notícia pareceu cortar mais fundo do que ele imaginou — Você está me dizendo que ela está com você de uma maneira diferente?

Roan assentiu e esperou a reação.

Ela seguiu em frente bem rápido — riu baixo, um pouco atordoada, seus pensamentos tentando imaginar a ideia de Clarke com outra pessoa, ainda se afetava, mas lutava muito contra — Bem, estou ouvindo, o que quer?

Ela precisa saber que você ainda se importa — Roan continuou ajoelhado, talvez fosse difícil entendê-lo, talvez ninguém nunca fosse entender, porque ninguém prefere sacrificar a própria felicidade pela felicidade de outro alguém, e Lexa odiava sentir o que ele sentia, tanto por Clarke, quanto por Madi, eram a família perfeita. Observou a criança distraída com as fadas — Mas quem disse que eu me importo?

Sangue proibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora