Duas garotas, uma pergunta.

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Luna estava na casa de Raven, a amizade andava a passos lentos, quando era convidada a ajudava com estudos e coisas do tipo, mas hoje escolheram apenas jogar xadrez, o silêncio dominava há no mínimo 1 hora.

Raven sempre foi um espetáculo nesse jogo, mas finalmente achou alguém melhor, perdeu três rodadas, e agora jogava para valer, já estavam há 2 horas na mesma partida, e tinha 10 minutos que Reyes pensava no próximo movimento.

Luna apenas a observava, gostava do seu rostinho pensativo — Você gosta de garotas? — quebrou o silêncio e o clima leve

A pergunta a atrapalhou, olhando confusa — Hum.. eu acho que não, você gosta?

Não sei, nunca gostei de ninguém.

Raven concordou e voltou os olhos para o tabuleiro, voltando a mão e movendo um bispo

Só de você.

Raven só moveu os olhos para encarar — Do que está falando? — "Direta assim, é?"

Eu sou muito controlada — Luna contou, movendo outra peça, fazendo uma jogada que parecia esperta mas era burra, querendo que Raven vencesse, mas não pensasse que ela perdeu de propósito — Tudo sempre esteve sob controle na minha vida, não falo nada sem pensar, não faço nada sem pensar, não tenho atitudes impulsivas, coisas desse tipo.

É, somos iguais nesse sentido

Raven moveu outra peça ao achar uma brecha, Luna a defendeu mas ainda cometeu um erro de propósito, então Reyes deu sua jogada de mestre — Xeque-mate, eu ganhei — encarou com um sorriso, Luna enfiou a mão embaixo do tabuleiro e o jogou para o lado, derrubando tudo no chão, se inclinado e puxando Raven pela nuca para um beijo muito aguardado.

Ela retribuiu, não foi tão surpreendente quanto Luna planejou, mas o beijo foi muito melhor do que o esperado.



[ . . . Inventamos horrores fictícios para nos ajudarem a suportar os reais . . . ]

90 anos atrás



Nyko andava na frente, seguido por suas "filhas", rumo a um lugar seguro. Suas sombras esguias movendo-se com graça sob a luz fraca dos postes, não queria derramar sangue, mesmo que fosse sangue de caçador.

O som distante de passos rápidos e o tilintar de armas de caça ecoavam pelas ruas desertas, impulsionando-os a andar mais rápido. Lexa olhava por cima do ombro, seus olhos vermelhos brilhando com preocupação, subestimou a ameaça humana e pagou o preço.

Forks estava mergulhada no caos, com casas em chamas e ruas tomadas pela violência, sabia que não podiam parar, não podiam se dar ao luxo de serem capturados, precisavam manter seu pequeno cã seguros, protegê-los a todo custo.

Não era a primeira vez que lidava com caçadores, mas era a primeira vez que isso parecia uma guerra.

E uma guerra exige uma comandante.

Finalmente alcançaram um beco escuro e estreito, longe de vista. Lexa fez um sinal para que todos se escondessem e esperassem, ela e Luna subiram silenciosamente, alcançando os telhados para observar a cidade em chamas. Os olhos castanhos refletiam apenas confusão — O que faremos? Eles estão queimando famílias inocentes por qualquer motivo idiota.. devemos proteger os humanos dos próprios humanos?

Sangue proibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora