Na manhã seguinte, o sol mal conseguia atravessar as nuvens pesadas que pairavam sobre o vilarejo devastado. Lexa estava na cabana, cercada por um silêncio opressivo, não se importou com nada, nem mesmo uma figura se aproximando a passos rápidos e a voz familiar a fizeram olhar em sua direção, continuou sentada em frente a lareira apagada, imóvel.
— Lexa — Luna chamou, ignorando os corpos pelo caminho enquanto Anya, ainda do lado de fora, olhava os lobisomens mortos, e Ash seguia ao lado da ruiva, nenhuma delas chegou tão perto quanto gostariam — O que aconteceu? Cadê a Clarke? — Luna olhou em volta, observando a trilha de sangue no chão — E a Madi...?
Lexa não respondeu imediatamente, sua expressão sombria denunciava a gravidade da situação. Anya se aproximou, seus olhos cheios de preocupação — Soubemos do um ataque ontem de madrugada, me desculpa.. — se aproximou para tentar lamentar sua ausência mas a morena afastou-se um pouco mais. Sua voz saiu como um sussurro quebrado — Morta. A Clarke tá morta. — palavras que caíram pesadas no ar, e o impacto foi imediato. Luna e Anya trocaram olhares de choque.
— E a Madi?! — Ash a encarou ainda mais preocupada.
— Tá no vilarejo.. com ela — assim que contou, a morena usou sua velocidade para ir atrás da criança.
— Como isso aconteceu? — Anya se ajoelhou e apenas ficou ao seu lado.
Lexa balançou a cabeça, lágrimas nos olhos — Eu tentei salvá-la, não consegui, o veneno não funcionou — sugou o nariz e segurou a vontade de chorar mais.
O silêncio se estendeu entre elas, enquanto a realidade da tragédia se instalava. Lexa sentia que o peso da perda a sufocava, mas também havia um pequeno conforto na presença de suas irmãs, que estavam ali, mesmo em meio à devastação, e sentir que não estava tão sozinha aliviou minimamente as coisas.
Ash chegou até a casa da família Cullen, batendo na porta cuidadosamente, sendo recebida pela criança que tinha os olhos inchados de tanto chorar, mas em meio a dor ela abriu um sorrisinho e a abraçou — Tia Ash...
— Oi bebê — acariciou seu cabelo e reparou todo o sangue no chão, não conseguia prever o que aconteceu — Me conta o que aconteceu com a sua mãe.
Madi imediatamente caiu no choro outra vez, mas a morena se abaixou e segurou seus bracinhos — Eu preciso que seja forte e me explique.
Madi contou tudo de um jeito muito confuso, mas a parte da perna foi a mais importante, Ash concordou e a colocou para dentro, andando até o quarto e hesitando antes de abrir a porta, sua mão estremeceu, sempre gostou de Clarke e agora só lembrou-se do primeiro momento que a viu entrar pela porta da loja atrás de algumas sementes de flores. Suspirou fundo e empurrou, engolindo em seco com a cena forte, e então observou a criança do lado de fora e seus olhinhos aflitos — Madi, eu vou tentar salvar ela, okay? Mas...
— A Lexa tentou — entregou, ficando ainda mais triste se é que isso era possível — Mordeu e nada.. nada.. nada.
— Fica aí — entrou no quarto e fechou a porta, se aproximando da garota e puxando seu rosto, encarou profundamente tentando achar qualquer sinal de que ainda havia salvação...
Ash transformou muitas pessoas ao longo de sua vida, mas Clarke parecia realmente morta.
[ . . . Não tema a morte, quanto mais cedo morrer, mais tempo será imortal . . . ]
Griffin acordou em uma floresta a meia-noite, às 12 batidas de um sino de igreja e a lua cheia no centro do céu entregou as horas em sua mão, mas também havia um relógio em seu pulso para confirmar.
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Sangue proibido
FanfictionNessa fanfic, acompanhamos a história de Clarke, uma jovem humana que perdeu seu melhor amigo e decidiu recomeçar sua vida em uma nova cidade, buscando escapar das memórias dolorosas que a assombram. Ao se instalar na pequena cidade de Forks, em Was...