Como uma releitura de Miraculous World Paris sem a intervenção do multiverso, Shady apresenta a origem e crescimento de Marinette, uma criança que cresceu em uma cidade atormentada por vilões e em um ambiente caótico. Ao receber o Miraculous da Joan...
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Ambos os portadores voltaram para casa no início daquela manhã. Marinette estava em constante reflexão, enquanto Adrien temia o próximo passo da garota, mas ele possuía esperança. Marinette foi sincera pela primeira vez após aquela luta, e aquilo fez o rapaz acreditar que ela poderia estar mais próxima de uma redenção.
No seu apartamento, Marinette estava em silêncio, mais uma vez perdida em seus próprios pensamentos, relembrando tudo o que aconteceu. Sua mente travava uma batalha consigo mesma, talvez sua vida pudesse ser mais do que sangue e morte. Havia calor em quem ela menos esperava; havia calor naquele rapaz loiro, do penteado engraçado, com toda aquela maquiagem pesada e aquela insistência irritante em ajudá-la nas ocasiões mais necessárias. Ela não queria aceitar, mas, talvez, se outras pessoas como ele existem naquela cidade, Paris merecia proteção. De repente, a garota se levanta de forma brusca, assustando Tikki, que já esperava alguma atitude ruim de sua portadora, porém a jovem apenas se dirige à outra sala. Ao voltar para o quarto, Marinette trouxe um pequeno prato de macarons e ofereceu um dos doces para Tikki, que aceitou desconfiada.
— Nós vamos fazer uma coisa que você não vai gostar — seu tom de voz estava ligeiramente diferente de como costumava ser, estava calmo e baixo, quase como se sussurrasse. — Ele virá atrás de mim, mais cedo ou mais tarde. Quando esse momento chegar, eu vou precisar de todo o poder disponível.
— Isso vai ferir você...
— Nesse caso... quando tudo acabar, você estará livre. Poderá pegar meus brincos e procurar outra portadora.
A resposta da jovem entristeceu a kwami de certa forma. Tikki torcia pela felicidade de Marinette e acreditava que um dia ela pudesse mudar, porém a situação parecia não estar favorável para que isso fosse possível.
— Parte da jornada é o fim, Tikki.
A kwami aquiesceu.
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O dia se passou como qualquer outro, no entanto, Marinette não foi à escola novamente. A jovem também não dormiu nesse dia, não apenas por não ser uma atividade agradável, uma vez que sempre tinha pesadelos, mas também por querer estar sempre alerta caso o Supremo resolvesse voltar. As ruas também estavam tranquilas, sem sinal de portadores, o que só confirmava as suspeitas da garota de que o Supremo estava planejando algo.
Naquela noite, Marinette estava descansando em sua cama quando, de repente, um pequeno objeto atravessou sua janela, quebrando o vidro e caindo quase no centro do quarto. Antes que a garota pudesse entender o que estava acontecendo, o item explodiu, levando grande parte do quarto, porém Marinette foi puxada por sua kwami para trás da cama pouco antes da detonação acontecer.
O quarto ficou devastado, mas, de sorte, a portadora estava quase ilesa graças ao rápido tempo de reação da Tikki. A bomba não era amadora, mas quem jogou com certeza sabia que aquilo não mataria seu alvo, e, principalmente, não faria um atentado sem uma assinatura: o símbolo do Supremo foi deixado pela bomba no meio do quarto.