A Iniciativa

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A heroína iniciou o ataque, não demorou muito para o dragão ser derrotado e o detentor das joias cair.

No fim da batalha, a portadora estava ajoelhada ao lado do homem no chão, pisando no peito do mesmo e com os dois Miraculous destruídos do portador. O seu cataclismo estava ativado e muito próximo do rosto do homem, forçando-o a ficar parado. Ciente da vitória, a garota queria aproveitar aquele momento.

— Eu esperei tanto tempo pra isso... arf, arf! Foram... tantas noites de pesadelos... que eu contei os minutos para acabar com você!

— E o que te impede de me matar agora?

— Hum... acho que nada! — dito isso, a garota afastou a mão com o cataclismo ativo para pegar impulso.

— Então faça. Eu banhei minhas mãos com o sangue de centenas de pessoas em vários anos ... e você fez o mesmo com algumas dezenas em alguns meses — enquanto falava, o homem segurou a mão da jovem, sujando-a com o próprio sangue. — He! He! He! Você será uma excelente sucessora... para meu legado genocida. Se eu não vou ficar mais vivo, ainda sim terei alguém que controlará essa cidade... pelo medo.

O Supremo sabia como instigar o pior lado de alguém, especialmente Marinette, cuja semente da maldade sempre foi sua metade.

— Acabe com a minha vida... e dê início à sua jornada sanguinária de vigilante se assim quiser, mas estará levando consigo... um pedaço de mim.

O homem começou a rir com dificuldade assim que terminou essa última frase, deixando a garota fervendo em ira. Quando ela estava a centímetros de tocá-lo com o seu cataclismo, um ioiô se prendeu no braço da mesma, impedindo-a de avançar.

— Não é assim que trabalhamos, Marinette!

— Não é assim que você trabalha.

— Não deixe ele entrar na sua cabeça! Você não é um monstro!

— Não... eu convivo com um dentro de mim. Ninguém vai sentir falta dele.

A garota tentou cataclismar o homem novamente, mas o jovem portador puxou seu ioiô, a afastando do detentor das joias. A portadora teve uma pequena discussão com seu parceiro, e o Supremo se aproveitou disso para fugir e sumir em meio a neblina. Quando se deram conta do desaparecimento do homem, Marinette começou a recobrar a razão.

— Ah, não... ele fugiu! DROGA! O quê que... o quê que eu fiz?! — Marinette estava começando a sair do sério novamente, mas respirou fundo e se tranquilizou.

— Calma, Marinette. Nós vamos achá-lo, ele não pode ter ido longe.

— (suspiro) E quando o acharmos...

— Não vamos matá-lo.

— Ele não merece viver!

— Esse é o limite que nós NÃO passamos!

POR QUÊ?! — disse a garota, virando-se bruscamente para o rapaz, já sem paciência.

— Porque... tudo começa com uma morte, e depois vai evoluindo para várias, até o momento que vidas humanas não passem de formigas que você afoga na pia — o garoto falava com a voz embargada, parecia ser difícil para ele dizer a razão dessa regra. — Esse... esse foi o último ensinamento que meu pai me deu... antes de morrer.

A garota se manteve quieta, pela primeira vez ela teve respeito ao luto do rapaz. A mesma desviou sua atenção para onde o homem havia fugido, e, em um movimento lento, mas decidido, removeu o anel sinete de seu dedo.

— Pega. Me dê o meu Miraculous, eu vou resolver isso como Ladybug.

— Não faça nada de que se arrependa depois, Marinette.

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