Vingança

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Dias se passaram, o mundo continuou funcionando como sempre funcionou

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Dias se passaram, o mundo continuou funcionando como sempre funcionou. Partindo do pressuposto de que cada cabeça é um mundo, um mundo em especial estava completamente devastado. Ladybug passou todo esse tempo desaparecida, a equipe estava preocupada, mas quase ninguém sabia ao certo o paradeiro da portadora. Marinette já havia faltado a muitas aulas e foi advertida sobre isso, precisando regressar o mais rápido possível.

Certa noite, antes de começar as aulas, Marinette se encontrava em seu quarto de apartamento, escrevendo, apagando e reescrevendo várias vezes alguma coisa em seu diário. Seu quarto estava levemente bagunçado, e era possível ver na sua cômoda diversos remédios para dormir; tinta para cabelo; latas vazias de energético e o maldito gravador que o portador do Miraculous da Cabra a tinha entregado em nome do Supremo, além de estar presente um quadro contendo vários recortes de jornais e fotos dos seus tempos de heroína, sua única época feliz. Após perder a paciência, a garota escreveu uma última vez, engoliu algumas pílulas e foi dormir. Em seu diário havia diversas frases, oriundas de sua mente em completo caos, como "cheguei a um extremo"; "acho que estou ficando louca"; e sua última frase: " me excluí do mundo".

Naquela noite, ela sonhou como conseguiu aquela nova casa. Um dia antes do último aniversário de Marinette, no qual completou 14 anos, Jacqueline a havia levado ao tal prédio, sem explicar muita coisa. Lá, a jovem moça tapou os olhos da garota com uma venda sem aviso prévio.

— Ei!

— Calma, é pelo bem da surpresa.

— Humpf!

Ao adentrarem o quarto, Jacqueline a permitiu tirar a venda. E tudo que Marinette viu foi um pequeno, mas lindo e aconchegante quarto de hotel.

— È... um quarto?

— Sim! É o seu quarto. Sua nova casa. Feliz aniversário, Marinette!

— Quê...?! M-mas como assim?! Como você...? Quando você...?

— Eu consegui te emancipar! Não foi muito difícil convencer seus pais, eles não lembram mesmo que tem uma filha... eu combinei com eles de te enviarem dinheiro todo mês, mas eu não confio neles. Então, o que precisar pode me pedir, eu consegui mais um emprego e posso te ajudar se precisar de alguma coi-

Antes que Jacqueline pudesse terminar de falar, Marinette correu e a abraçou com toda sua força enquanto chorava de emoção.

— Eu te amo, Jacqueline! Eu não poderia escolher uma irmã melhor!

Jacqueline sorri e também chora, não demorando para retribuir o abraço da garota. Durante toda sua vida, Marinette acreditava piamente que não havia outra pessoa com esse "calor", e agora, nunca mais o encontraria de novo. Logo, seu sonho escurece, e Marinette ouve o barulho da bala daquela noite, acordando em um susto. Ofegante e chorando, a garota tenta se acalmar, após um tempo nessa atividade, ela se levanta para assim começar o dia. Suas vestes mudaram, aderindo a um estilo mais gótico, seus olhos não tinham mais vida e suas cicatrizes a lembravam de seus erros constantemente, em especial, a do seu olho esquerdo, que era a mais profunda. Então, a garota resolveu cobri-la com sua franja e disfarçar as demais com maquiagem.

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