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Mayla

Duas semanas se passaram.

E o talibã não me procurou assim como disse, não que eu esteja reclamando.

Mais sei lá. Acho que realmente achei que ele viria e talvez tenha me decepcionado... que dizer não, não me decepcionei

Naquela noite ele pediu pra me deixar em casa, eu deixei, já tava na merda, a não iria sair depois de uma invasão só.

Quando ele parou o carro em frente a minha casa pediu meu número, e eu dei...

Clara - terra pra Mayla... acordar amiga - diz batendo palminhas em minha frente.

Eu - oi? Eu não ouvi... desculpa

Clara - cê anda distante... tá pensando no boy la?

Eu - que? Não...claro que não, já te disse que oque aconteceu foi um erro por conta das tuas loucuras.

Clara - erro sei, bom vou pra casa, vai ficar bem só?

Ela pergunta já que eu estou morrendo de cólica, chega nem fui pra curso.

Eu - vou sim amiga, pode ir.

Depois de um tempinho ela sai me deixando só.

Levanto e vou até a cozinha, abro a gaveta do armário e não encontro meu remédio.

Porra, a cólica tá voltando e não encontro meu remédio...que legal.

O jeito vai ser fazer chá, e caso a dor piore, oque eu espero que não role, eu vou ter que ir na farmácia que tem aqui no morro...

Só de pensar nisso eu mucho todinha...ter que sair nessa dor? O meu Deus, tenha pena de minha pessoa.

....


Levanto da cama com toda força do mundo e vou até minha bolsa.

Minha dor não parou, isso significa que vou ter que comprar meu remédio.

Eu poderia simplesmente liga pra clara e pedir pra ela comprar, porém não quero encomendar ela.

Troco de roupa vestindo uma calça folgada com um cropped de manga longa.

Tá de noite, e tá frio,  coisa rara de acontecer no Rio de janeiro.

Pego meu dinheiro e saio de casa trancando a mesma.

Eu tô com tanta dor, que acho que se olharem pra minha cara vão perceber que estou sentindo alguma coisa.

....

Chego em casa e assim que fecho a porta já vou tirando os botão da calsa.

Eu amo ela porém hoje ela me encômodo que só por conta da dor.

Quando me viro me deparo com a figura que não esperava ver em minha casa.

Eu - oque você tá fazendo aqui?

Talibã - você tá bem? Me passaram a visão de que foi na farmácia.

APENAS MINHA Onde histórias criam vida. Descubra agora