Owen Grey
Abri os olhos lentamente, a luz forte do sol ilumina o quarto através das cortinas. A dor no meu peito continua aqui, e um nó na garganta que parecia impossível de desatar. A briga da noite anterior com Alison ainda ecoa em minha mente, as palavras ásperas e os gritos. Suspiro e me levanto da cama, sentindo cada movimento como se estivesse em câmera lenta. Caminho até o banheiro e tomo um banho rápido, ao me olhar no espelho, vejo apenas a exaustão.
Desço as escadas, e ao chegar à sala de jantar, encontro toda a família já reunida em torno da mesa de café da manhã, menos Katherine. O ambiente está estranhamente silencioso, apenas o som dos talheres contra os pratos quebra o silêncio tenso. Minha mãe, normalmente tão animada, parece distraída, mexendo no café sem realmente prestar atenção.
Notei que Alison, sentada do outro lado da mesa, evita olhar em minha direção, com os olhos fixos no prato à sua frente. Me sentei ao lado de Olivia, que me lançou um sorriso singelo antes de voltar a comer. O café seguiu lentamente, cada minuto parecendo uma eternidade.
Quando vi a morena se levantando, me pareceu a oportunidade perfeita e então eu a segui até a cozinha. Não sei se ela realmente não me viu ou apenas fingiu, mas quando cheguei no cômodo, vi ela virada de costas para mim. Me aproximei calmamente enquanto a morena preenche o copo vazio com um suco natural e envolvi meus braços na sua cintura.
― Ainda está irritada? ― Perguntei calmamente.
― O que você acha? ― Ela perguntou com ironia e se virou, mas eu continuei com os braços ao redor da sua cintura.
― Alison, eu...
― Owen, não quero te pressionar, mas preciso entender. ― Interrompe, mordendo o lábio devido o nervosismo. ― Você ainda gosta dela, não é?
― Qual é. ― Revirei os olhos, me afastando dela. ― Temos um filho, eu a considero apenas por isso. Mãe do meu filho.
― Você acredita nisso? Ontem na boate quando ela entrou na frente foi como se tudo ali tivesse mudado, enquanto eu parecia uma louca gritando. ― Resmungou irritada.
― Desculpa. Eu agi como um idiota, não vai acontecer de novo.
― Quem garante? ― Insistiu. ― E se você ainda está preso a ela, como podemos ter algo real?
― Eu quero tentar com você, Alison. Realmente quero. ― Me aproximei novamente e ela encolheu os ombros. ― Você sabia que ia ser complicado.
― Eu sei que não é fácil. E não estou pedindo isso. Só preciso saber se você está realmente disposto a tentar. Se está pronto para deixar o passado para trás e focar no presente. ― Disse séria.
― Eu estou. ― Segurei suas mãos e deixei um beijo casto nas mesmas. ― Desculpa.
― Apenas me prove o que está falando. ― A morena deu um sorriso torto e se afastou, saindo da cozinha.
Suspirei e passei as mãos pelo o rosto. Me virei e saí da cozinha, indo para o jardim. Avistei Peter sentado na grama e me aproximei, ele me fitou e sorriu.
― O que faz aqui? ― Me sentei ao seu lado.
― Nada, só enjoei do filme que estava vendo com meu pai. ― Ele deu de ombros.
― Seu pai não tem um bom gosto para filme. ― Disse sem fita-lo e ele riu.
― Era um filme de ação japonês. ― Peter fez uma careta.
― Do jeito que seu pai anda solitário, me surpreendeu não ser um filme de romance. ― Implico e o mais novo ri pelo nariz.
― Talvez quando eu me apaixonar por alguém, eu ache interessante.
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I AM THE GANGSTER
Acción"Você nasceu no mundo errado, mas pode tornar-se o maior erro que já viram. O erro mais poderoso de todos os tempos. Faça com que a sua dor se torne poder e passe por cima de todos que tentarem impedi-lá. Mas quando ele aparecer e o amor florescer...