Segunda temporada - Freaking out.

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Owen Grey

|01:30 AM.

Os últimos dois dias não foram nem um pouco fáceis. Katherine se afastou de tudo e de todos e Ryder só vê a mãe pela noite, quando ela o chama para dormir com ela. Isso não foi o suficiente, é claro que ele sentiu falta e eu tive que redobrar a minha atenção nele. O velório de Stephen foi ontem e Katherine ficou trancada no quarto desde que chegou. Eu sei o quanto ele significa pra ela e sei que tudo isso faz ela lembrar a morte de sua mãe. Novamente colocando a culpa nela mesma.

Hoje Katherine ficou com Ryder apenas pela a manhã, então fui eu quem o colocou para dormir essa noite. Fecho a porta do quarto do meu filho e me viro para entrar no quarto de Katherine, surpreendentemente, a porta está destrancada. Eu entro no cômodo e fico confuso ao achar o mesmo vazio, procuro no banheiro e também sem sinal da morena.

Saio do local e desço as escadas, caminhando até o escritório. A porta de madeira está entreaberta e eu espalmo minha mão na mesma quando chego perto, vendo Katherine em pé e com uma garrafa de whisky pela metade nas mãos.

Entrei na sala e fechei a porta, ela percebeu minha presença e riu, se virando para mim.

― Olá Sr. Grey. ― Sua voz saiu arrastada.

Seus olhos estão inchados e seu rosto pálido. Seus cabelos não estão definidos em ondas, os fios estão presos em uma rabo de cavalo mal feito.

― Katherine, passa a garrafa. ― Me aproximei e estiquei minha mão.

― Por que você parou de me chamar de Kath? ― Ela perguntou fitando o nada e logo levou a garrafa até a boca, dando uma boa golada.

― Você sabe o porquê. ― Me aproximei o suficiente para conseguir pegar a garrafa de sua mão e ela revirou os olhos.

― Por causa de Alison. ― A morena tentou pegar a garrafa de novo e tropeçou nos próprios pés.

― Não, porque nós não temos mais intimidade.

Ela tentou tirar a garrafa da minha mão novamente, mas eu desviei. Me apoiei na mesa do escritório tentando fugir dela e em uma tentativa falha de fazer eu soltar a garrafa, ela ficou tão próxima que nossas respirações se encontraram. Katherine me olhou no fundo dos olhos, de uma maneira que ela não fazia a muito tempo e se afastou, conseguindo pegar a garrafa enquanto meu coração errava as batidas.

― Ela sempre quis ter um pouco de mim. ― Katherine resmungou e eu a fitei confuso. ― Por que você acha que ela quis você? Porque eu quis e consegui você.

― Não vou discutir sobre isso com você, está bêbada!

― Por que você me ajudou? ― Ela cruzou os braços.

― Você é a mãe do meu filho, se lembra? E o Stephen morreu... Eu não sei, ok? Me pareceu a coisa certa a fazer.

Ela negou com a cabeça e pegou a sua jaqueta que estava em cima do sofá, indo em direção a porta do escritório.

― Aonde você vai? ― Questionei e vi ela retirar a chave da tranca da porta.

― Dar uma volta.

― Não vai não. ― Fui em sua direção, mas ela foi mais rápida e fechou a porta, trancando-a por fora.

Eu não posso deixar ela sozinha, não sei qual merda que ela que fazer. Comecei a chutar a porta e logo escutei o ronco do carro de Katherine, o que fez a preocupação tomar conta do meu corpo e eu consegui arrombar a porta de madeira. Corri para o quarto de John, fazendo-o pular de susto pela a forma que eu abri a porta.

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