O Outro Mundo - Os Onze Reinos

Capítulo 9 - Resgate

Clarissa

Pensamentos negativos resultam a blábláblá... Ai como essa garota é insuportável! Pensava ela em relação à Rebeca e além de reclamar como se ela fosse algum grilo da consciência de Pinóquio, ela fica se exibindo mostrando atenção a todos por causa do porão secreto e tal. Mas Clarissa não podia enganar, era mesmo impressionante: um salão gigantesco escondido pelas paredes do castelo com um revestimento de tijolos marrons e um chão de uma madeira suave, havia estantes com vários livros, uma área de treinamento com armas de ataque e defesa, roupas (e uma linda camisa roxa com saia grande rosa e uma capa lilás ao fundo), objetos mágicos, mapas e outras coisas. No teto e no chão estavam desenhos ilustrados da batalha dos heróis contra as trevas que Rafael e Flyen os contaram.

–Meus heróis, esse lugar foi criado e guardado em segredo pelos 11 heróis para treinar e estudar enquanto viviam suas aventuras e foi mantido em segredo para ninguém encontra-lo... Até eu descobrir e se o encontrei, deve ter sido para mostrar a vocês um dia, aos novos heróis de Crystal e dos outros reinos!

–E por que você tem tanta certeza de que somos seus grandes heróis? – perguntou Clarissa de braços cruzados.

–Bem, então por que vieram até aqui? Querem ajudar seus amigos e isso são atitudes que verdadeiros heróis fariam! – disse Rebeca e continuou – Como não temos tempo, precisarei dar seus trajes e equipamentos para invadirem a prisão e espero que tenham um plano, pois lá está cercado de guardas!

Enquanto Rebeca pegava as coisas, todo mundo ficou sentado ao redor da mesa pensando em algum plano e Kate perguntou:

–Alguém tem alguma ideia?

–Mas e se formos pegos? Se eles nos cercarem e prenderem? Ou pior, nos matarem! – disse Bruce.

–Nós temos poderes, podemos usa-los para nos proteger. – disse Luke.

–Sim, mas temos que controla-los e saber como usa-los antes de tentar fazer algo! E também precisaremos usar armas... – disse Kate e quando olhou para o seu irmão, ele se levantou e disse:

–Tive uma ideia, mas todos devem colaborar, pois só teremos uma chance ok? O plano será assim... – e Thomas contou o seu plano que parecia poder dar certo e quando acabou Rebeca apareceu com um montão de coisas e as jogou em cima da mesa. Eram roupas e armas e mandou vesti-las.

Minutos depois...

–E então o que acharam? Aqui está um mapa que mostra a prisão da cidade. Se cuidem e bom resgate! – disse Rebeca e todos saíram.

...

Luke

Ele e Clarissa andavam pelas ruas de Crystal numa cidade que dormia. Thomas havia decidido dividir eles em dois grupos para não chamar muita atenção. Quando chegaram mais perto escondidos pelas sombras, guardas andavam protegendo a entrada da prisão. Quando percebeu que a hora havia chegado, Luke disse:

–Preparada? – perguntou ele para Clarissa que respondeu:

–É claro!– disse ela sorrindo, e então começou a correr em direção aos guardas gritando – Socorro! Alguém me ajude, por favor!

Como peixes que mordem a isca e caem na armadilha, os guardas iam atrás de Clarissa e então ele se concentrou e usou sua velocidade! Quando chegou perto dos guardas, eles disseram para Clarissa:

–O que aconteceu com você jovem criança? Alguma coisa aconteceu com você? – perguntou o da esquerda que deveria ter uns 30 anos, de cabelos negros curtos, vestindo uma armadura cinza segurando uma espada atrás.

–Desculpe, não aconteceu nada comigo. Mas vai acontecer com vocês, vai Luke! – disse Clarissa, para os guardas já era tarde demais. Quando se viraram Luke deu um soco sônico nos dois guardas os derrubando no chão.

–Sempre soube que as aulas de teatro serviriam para algo! – disse Clarissa, Luke tirava as armaduras e procurava nas roupas dos guardas alguma coisa que fosse útil e então respondeu – Achei uma chave para alguma porta no bolso do guarda esquerdo e uma adaga no direito. Deve haver alguma porta por aqui...

Eles correram em volta do castelo, procuraram alguma entrada e nada, até que Clarissa o chamou e ele correu para ver o que era e perguntou:

–Encontrou a porta? – e ela respondeu sorrindo – Você não está vendo? Eles fizeram a prisão revestida de cimento, mas se você perceber existe uma parte que foi pintada e passando a mão para limpar, mostra uma porta camuflada! – disse ela e os dois entraram.

Bruce

Andando silenciosamente segurando apenas uma espada e um escudo ao lado de Kate e Thomas. Clarissa e Luke tentavam uma tentativa de entrar pela frente e eles estavam nos fundos da prisão onde não havia outro modo de entrar a não ser subir por cima do muro alto. Eles não poderiam escalar, nenhum deles sabia "voar". Então decidiu perguntar:

–Como entramos? – e Thomas respondeu – Usando magia é claro!

–Tem certeza que pode fazer isso? Tipo fazer uma escada alta, criar uma porta, ou algo do tipo? – perguntou Kate, usando uma veste vermelha com um cinto preto no meio e duas facas nas mãos.

Thomas procurava no seu grimório algum feitiço e Bruce só conseguia pensar o que sua família estaria pensando ou no que sua irmã pensaria se o visse invadindo uma prisão... Na verdade ela iria ficar feliz! Tara adorava quando Bruce contava histórias para ela dormir sobre cavaleiros indomáveis que sacrificavam sua vida para resgatar a sua amada princesa, e agora ele é um 'cavaleiro' quer vai a todo custo salvar seus amigos. E Com um "Há" de Thomas, ele achou um feitiço e disse:

–Segurem as minhas mãos e repitam o que eu disser ok? – todos balançaram a cabeça afirmando e deu às mãos, Thomas continuou – "Quando uma parede for o obstáculo, que a união junte forças para ultrapassa-la!".

Bruce disse as palavras fechando os olhos e quando os abriu, estava com seus amigos por cima da muralha. O feitiço havia funcionado e então correram para se encontrar com os outros... Kate mandou todos ficarem em silêncio, seus ouvidos escutavam barulhos de homens gritando e rapidamente desceram as escadas e viram que os guardas deixaram Luke e Clarissa em desvantagem, encurralados e quando eles achavam estar derrotado, Bruce disse:

–Se vai mexer com meus amigos, terão que ver comigo primeiro! – disse ele levando a espada e o escudo reluzente, e Kate e Thomas responderam o seguindo – E com a gente também!

Eles correram para a batalha (tomando cuidado para não machucarem os guardas) lutando como uma verdadeira equipe: Luke usava sua velocidade para atordoar os guardas, Thomas lançava ataques mágicos, Kate batia nos inimigos com coragem, Clarissa jogava flechas para dar medo e Bruce defendia com sua espada e batia com seu escudo. Quando todos caíram, eles seguiram para as celas, passando por ladrões, bandidos e assassinos. Ao ver uma luz brilhante, eles a seguiram e lá estavam Rafael e Flyen. Eles haviam conseguido! Talvez Rebeca e o Diretor não estivessem errados sobre eles.

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