Sangue e paixão!

Cap8

Luiza Campos

Rolei na cama diversas vezes, mas aquele beijo com Valentina não saí da minha cabeça. Seus lábios macios e seu gosto de menta estão me assombrando. Fazia muito tempo que não sentia isso por alguém, as borboletas no estômago e o molhado em minha calcinha.

Desci uma de minhas mãos pelo meu corpo, sentindo toda aquela sensação de desejo e tesão. Minha cabeça repetia centenas de vezes os toques de Valentia, a dança sensual, o modo com que ela apertava forte a minha cintura, seus lábios quentes e macios me beijando com desejo.

Todos aqueles pensamentos me deixava cada vez mais molhada, minha respiração se tornou ofegante e desci minhas mãos até o molhado em meu shorts de dormir, passei os dedos por ali sentindo-os encharcado.

Quando o pouco de consciência me voltou, corri para o banheiro, onde tomei um banho quente para relaxar.

***

Valentina Torricelli

Uma semana se passou desde o maldito beijo, estava no escritório principal, que ficava em cima de uma das nossas boates - é uma das mais frequentadas em Las Vegas. - havia cacinos e outro andares repleto de temas e festas diferentes.

Ouvi duas batidas na porta que logo se abriu, revelando Igor que entrou e logo depois que a porta caminhou até mim e se sentou a cadeira a minha frente.

—Valentina, estou aqui como seu amigo. E exijo saber o que está acontecendo. - Tentei falar mais o mesmo me cortou. —Tem uma semana que chega tarde em casa e sai cedo, não vai lá para almoçar ou jantar. O que esta havendo? Nem adianta inventar história porque eu te conheço mais do que ninguém. - sua posse autoritária ao se dirigir a mim me irritava as vezes.

—Eu. me deixa. - me levantei e caminhei até o pequeno bar da sala, me servindo com um copo de wisky com gelo do coco, logo me sentei sobre o enorme sofá que havia ali.

—Valen, esqueceu que pode me contar tudo? - caminhou até mim e se sentou a poltrona de frente a mim. —Já vivenciei tantas crises sua. já te julguei por isso? - perguntou se servindo com o wisky que eu havia posto em cima da mesinha.

—Eu sei que não. - Comecei ainda receosa. —Luiza, ela me beijou na semana passada. - Igor riu.

—A garota gostosa que esta hospedada em sua casa te beijou e agora isso é um problema? - continuou rindo.

—Se não parar de rir eu vou te tacar pela janela. - falei irritada. Ele parou e eu continuei. —Henry me disse que a comprou e abusou dela diversas vezes, também pesquisei sobre isso. - virei o copo de wisky. —Não quero que ela pense que estou me aproveitando de sua fragilidade, ou que tenha que fazer isso.

—Valen, você não é assim! - encheu nossos copos e me olhou. —Como foi?

—Extremamente bom, eu nunca senti algo parecido. - Desabafei.

—Para de fugir disso, Duda me disse que ela sempre pergunta por você. - fiquei curiosa com sua fala.

Duda e Igor namoram a quase um ano, nós a conhecemos em um bar na Sicília e ela acabou entrando para a nossa loucura, Duda trabalhava de segurança desde sempre. A alguns dias resolvi coloca-lá para cuidar de Luiza, e parece que estão criando uma certa amizade.

—Ela perguntou por mim? - sorri sem perceber, mas logo parei quando percebi o olhar de Igor sobre mim.

—Até hoje eu não entendo o porque de você ter salvo Luiza naquele dia. - comentou.