Cap22

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Luiza Campos

Após toda a cerimônia e o meu pedido de casamento, Valentina grudou minha mão a sua e caminhamos pela festa. Igor sempre nos acompanhava andando ao lado direito de minha mulher com total seriedade, Duda o acompanhava pouco distante. Suponho que pelo profissionalismo.

—Senhora. - Igor se direcionou a Valentina e nos paramos, ela deu atenção a ele esperando por sua fala. —É sério isso? Eu... - ele se perdeu nas palavras e isso a fez sorrir, ficando ainda mais linda.

—Não quer que eu me ajoelhe diante a você para pedir que seja meu braço direito né? - ela falou sarcástica.

—Eu. Porra. É uma honra. - confesso que ver Igor assim me fez rir, ele parece um idiota com o novo cargo. Tenho em mente que deve ser um enorme privilégio.

—Você sempre esteve ao meu lado Igor, esse cargo sempre foi seu. - ele sorria feito bobo. —Você prometeu sua vida a mim e nunca me decepcionou. - ela falou para que só nos ouvíssemos.

—Ah. Eu. Valen. - outra vez se perdeu diante suas palavras o que fez com que eu e Duda sorríssemos.

—Pode me abraçar Igor, mas seja rápido. - soltei sua mão e Igor a envolveu em um abraço forte com a maior cara de emocionado. —Vá comemorar com sua mulher, nossa comemoração fica para mais tarde, sim? - ele concordou sorrindo e com a permissão que teve pegou as mãos de Duda, mas ainda continuava parado feito uma estátua.

—Estamos indo, quero aproveitar minha mulher e meu filho, vejo vocês depois. - ela sorriu uma última vez antes de pegar minhas mãos e me levar para fora do local.

Ao passar a porta meus olhos doeram pela quantidade de flahs direcionados a nós, senti minha mulher se aproximar de meu ouvido e sussurrar:

—Vai se acostumar. - ela falou e depositou um beijo rápido em minha bochecha.

Descemos as escadas no tapete vermelho e os homens e mulheres gritavam para que déssemos atenção a eles.

—Vai se tornar pública. - ela falou parando-nos sobre o último degrau. —Todos vão saber que é intocável, e terá sua liberdade de ir e vir. - não pude deixar de sorrir ao ouvir a palavra Liberdade.

—Não sei nem o que fazer. - falei.

—Sorria. sua beleza é o bastante para as manchetes, meu amor. - ela sorriu e nos aproximamos do cercado e dos seguranças que nos separava dos fotógrafos e jornalistas.

—Não faça perguntas que eu não responderia. - disse ela a um monte de jornalistas.

—Ficamos sabendo que a festa foi perfeitamente organizada, pode nos falar sobre isso? - O homem que aparentava ter menos de vinte e cinco anos, de cabelo loiro e gravata perguntou apontando seu microfone para nós.

—Foi sim um espetáculo, a mulher ao meu lado foi quem organizou para que tudo saísse perfeitamente como o planejado e isso pode ter impressionado os convidados. Assim como eu. - o orgulho em sua voz era eminente.

—Esse pano que vocês sempre saem da festa enrolado na mão, o que aconteceu? - uma mulher de meia idade e alguns cabelos grisalhos perguntou.

—Apenas um costume que veio de gerações e gostamos de concretiza-lo. - sua voz era suave.

—A mulher ao seu lado foi vista com Henry algumas vezes, tem algo a dizer? - a mulher elegante com os olhos castanhos que aparentava ter saído da faculdade a pouco perguntou.

Valentina e eu nos olhamos e senti o desconforto bater em meu ventre. não estava pronta para falar sobre isso, nem mesmo queria.

—A pergunta que não quer calar, a herdeira multimilionária está disponível? - O mesmo menino de antes, de cabelo loiro e gravata perguntou.

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