"𝘛𝘦𝘮 𝘤𝘰𝘪𝘴𝘢𝘴 𝘲𝘶𝘦 𝘦𝘶 𝘱𝘳𝘦𝘤𝘪𝘴𝘰 𝘦 𝘶𝘮𝘢 𝘥𝘦𝘭𝘢𝘴 é 𝘷𝘰𝘤ê."
Não é o fato dele apenas ser um gato verde, mas sim, ser um híbrido! E como se Aizawa já pudesse dizer que viu de tudo, agora ira ver como é cuidar de um gato proble...
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"Eu também disse: "a vida continua" e comecei a chorar na minha cama por horas."
— ⛈️ —
As lágrimas em seu rosto eram quentes e as lembranças ainda estavam vivas em seu peito. Aizawa não entendia porquê o passado insistia em retornar em seus sonhos. Tinha medo, medo de ser como a última vez. Olhou de relance sua escrivaninha, a carta intocada permanecia ali, na última gaveta.
Sentiu ronronar de Salen e seu corpo peludo jogado ao lado de sua cabeça. O pequeno felino sempre gruda em si quando chora, ele sorriu e acariciou o pequeno.
— Já não suporto mais, Salen. - murmurou. Um peso em sua voz revelando uma dor nostálgica. Sentiu o felino lamber sua mão com carinho e voltou a sorrir.
Demorou alguns minutos ali na cama, antes de levantar para se arrumar e ir trabalhar. Esteve com estômago contorcendo de agonia a manhã inteira e percebeu que não iria passar nem mesmo até o dia de amanhã. Na sala, viu corpo peludo de Brócolis embolado no canto do sofá, dormindo, Shota não podia o culpar dessa vez por não ir para cama ou estar o ignorando, ele pediu para que o problemático felino não causasse problemas, mas era ele que vinha os causando, um após o outro, quem estava errando e não pedia desculpas era ele mesmo.
Deixou na mesinha um bilhete antes de sair trabalhar e muito carinho em Salen que ainda o seguia.
Midoriya inclinou rosto felino após ouvir o som da porta, seu peito em agonia. Ele se ergueu em sua forma humana o rabo enrolado em uma de suas pernas enquanto pegava o pequeno papel na mesinha da sala. "Volto depois do trabalho, coma e alimente o Salen." Izuku amassou o papel nas mãos com um suspiro pesado. Seus olhos querendo derramar as lágrimas que se impedia.
Seja o que for, Aizawa não o abandonaria, certo? Shota não o deixaria sozinho, ele não era como as famílias que uma vez o adotaram e jogaram fora pouco depois, certo? Izuku inspirou fundo mais uma vez e se levantou do sofá para começar seus afazeres.
O dia de Aizawa foi cinza, não teve ânimo para ensinar, organizar planilhas ou conversar, cada passo seu durante toda sua manhã e tarde queriam o jogar ao chão. Mic tentou conversar enumeras vezes e discretamente parecia querer descobrir se o moreno leu a carta, mas Shota não o respondia, a carta ainda estava na gaveta de sua escrivaninha esperando para quando estivesse pronto para ler, tinha medo do que encontraria, tinha medo de toda a dor o consumir como antes.
Hizashi não insistiu mais, passou dia em silêncio ao seu lado como apoio ao amigo e toda vez que pode arrastou seus alunos e colegas de trabalho para longe.
Quando retornou em casa foi recebido pelo aroma de oyakodon, o prato que Izuku mais gostava de fazer. Viu esmeraldino mecher nas panelas antes de notar sua presença.
— Ah, Aizawa-kun, o-okaeri. - Ele parecia completamente desconcertado.
— Oyasumi, Brócolis. - Ele o deu um pequeno sorriso.
Midoriya serviu na mesa as vasilhas e a panela de oyakodon enquanto Shota retirava sua arma de captura e os sapatos. Ambos sentaram para compartilhar a refeição, a terceira companhia em meio jantar era certamente o terrível silêncio, nada além do som das tigelas e talheres durante seus vinte minutos de alimentação. Ouvir o som da própria mastigação deixava Izuku inquieto, suas orelhas triscavam a cada segundo e seus dentes pareciam doer, talvez estivesse mordendo forte demais. Ele observou Shota por cima dos cílios algumas vezes, como quem não quer ser notado e Aizawa não o retribuiu uma única vez.
— Aizawa-san. - Sua voz era um mero sussuro, tão pouco perceptível quanto atenção que o moreno lhe deu. — C- como foi hoje? - Cada porus de sua pele parecia estar sendo perfurado por agulhas, o medo era tanto no pequeno desconforto que Miodriya só conseguia pensar em melhorar as coisas, era sufocante para ele, porque se não voltasse a ser como antes, se não estivessem confortáveis então...
— Foi bom. - Ele não tinha o que dizer, ou melhor, não sabia. Aizawa estava absorto na dor de seu passado e não conseguia ter outra coisa em mente além da carta, um sorriso fino nos lábios pálidos de Yuki, o aroma cítrico de seu shampoo quando tinha corpo esguio de Tanahara em seus braços e... Um suspiro escapou, ele não devia mais pensar em Yuki, ele sabia disso, mas não conseguia parar.
Midoriya não sabia de nada, além do que via, e o que via não era agradável: um suspiro e uma careta de dor, uma frase curta e seca, um desconforto notável e uma tigela cheia e hashis sujos, mas em nenhum momento um Aizawa que tivesse ingerido da comida. Ele engoliu em seco.
— Posso ir com você amanhã? - Era primeira vez que sua voz parecia tremer desde que Shota o conheceu, mas ele mesmo sequer percebeu.
— Claro, claro que pode. - Balbuciou. — Eu vou para cama mais cedo, desculpe. - Ele afagou os cabelos de Midoriya ao passar, um contato rápido e descontraído, mas que doeu no íntimo do coração do esverdeado. Ele buscou algo para dizer, mas nada saiu.
Izuku sentiu o silêncio o cercar acompanhado do frio, a casa antes acolhedora lhe parecia grande demais. Tudo parecia errado demais e a culpa era dele, não havia como negar. Se ao menos tivesse sido mais obediente, se não tivesse jogado seus sentimentos em Shota, se não tivesse forçado aproximação,
Se sónão tivesse revelado que era humano.
Ele ainda poderia estar deitado ao lado de Aizawa agora, não poderia?
Contínua.
Aaaaaaaaa perdoem sua pobre autora, ela infelizmente nasceu pobre e precisa estudar e trabalhar ao mesmo tempo, meu pobre psicológico está definhando, Deus a CLT é uma arma diabólica T.T
Mas eu estou de volta, nada que umas férias não planejadas n resolvam kkkk
Obrigada pela paciência comigo e por n desistirem dos meus bebês, vocês são um amor de verdade T.T T.T
Perdoem a Saturna de vcs, só mais essa vez pela demora kkk