Capítulo 23: Viver

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Desculpa a demora gente, mas os cap são bem grande e tenho preguiça de traduzir... Porém eu já comecei vou terminar ;)

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A semana foi perfeita para Freen e Becky. Simplesmente, nada parecia capaz de destruir a felicidade que as rodeava. Freen sorria mais, Song e Nueng sabiam o motivo e até escreveram para Becky pela janela algumas noites atrás com Freen.

O encontro não durou mais que cinco minutos, já que Song precisava conversar com a namorada via Skype e Nueng tinha a obrigação de lavar a louça do jantar, mas pelo menos eles conseguiram conhecer um pouco da garota que conseguiu fazer com que a irmã sorrisse como nunca.

Na quinta-feira, Freen pediu a Becky que a acompanhasse à consulta com o psicólogo no dia seguinte, o que a menina da janela não recusou. Freen sabia que ele poderia explicar muitas coisas para Becky, embora fosse ela quem tinha o problema, não conseguia. Ela a encontrou no final das aulas de Becky. Ela usava tênis, calça alta, um suéter

vermelho e um laço da mesma cor. Freen tinha que admitir que adorava vê-la usando bonés e jaquetas de couro, mas também adorava vê-la daquele jeito feminino.

Freen tinha certeza de que Becky poderia usar a roupa mais estúpida do mundo e ela ainda adoraria. Kade havia finalmente terminado o serviço comunitário e ela e Jimm tiveram que trabalhar juntas, então acompanharam Becky e Freen, já que o trajeto do psicólogo exigia que elas passassem na frente da casa de Jimm.

O que elas não esperavam encontrar eram Arun e Yuki, que estavam jogando basquete em um parque próximo (Yuki tentou) e quase imediatamente se ofereceram para acompanhá-las, ninguém pôde recusar. A verdade é que Becky, Jimm e Yuki já viam a menina e o namorado como bons amigos, embora se conhecessem há muito pouco tempo.

Becky estava no skate de Freen, a garota da jaqueta preta e gorro, segurando sua cintura para guiá-la e mantê-la completamente segura, sorrindo ao ver sua namorada completamente feliz. Jimm, como sempre, estava conversando com Kade sobre o não relacionamento delas e as muitas coisas obscenas que elas poderiam fazer em sua casa, e Arun estava apenas caminhando ao lado. Yuki, apertando sua mão, beijando sua bochecha quando podia e sussurrando seu nome praticamente a cada segundo.

Arun: Yuki... — Sussurro.

Yuki: Sim, amor...

Arun: Yuki — Ele disse, dessa vez um pouco mais alto que antes.

Yuki: Diga-me...

Arun: Yuki... — Freen parou imediatamente, preocupada. Ela sabia que o tumor de Arun estava crescendo, então tudo era motivo de alarme, principalmente aquela repetição excessiva do nome da namorada. As outras meninas, que em tão pouco tempo passaram a gostar de Arun, também pararam e olharam para o casal com algo que o dicionário mental de Freen reconheceu como medo. Medo de que algo estivesse acontecendo com o menino e elas não pudessem fazer nada.

Yuki: O que há de errado, amor? Você se sente mal? — Ela perguntou, com uma careta que o dicionário de Freen não conseguiu reconhecer, mas que poderia ser muito próxima daquela de dor, pena e preocupação combinadas — Podemos parar por alguns minutos se você quiser — Ela sugeriu enquanto acariciava os antebraços dele docemente — Arun balançou a cabeça bruscamente e então olhou a namorada diretamente nos olhos, sorrindo. Yuki o imitou. Freen também fez isso, porque sabia que sorria da mesma maneira quando seus olhos e os de Becky se encontravam daquela maneira que os outros ao seu redor pareciam desaparecer.

Arun: O médico... disse isso... — Ele fechou os olhos e esfregou a testa, tentando lembrar o que havia planejado dizer. — Ele disse que eu vou... esquecer... esqueço as coisas e eu... não... — Ele esfregou a testa novamente. — Eu não quero... — Ele rosnou, frustrado. Freen sabia o que Arun estava passando, sentindo-se um idiota que não conseguia fazer as coisas como todo mundo, então segurou a cintura de Becky com força, sabendo que se não o fizesse ela começaria a chorar. As mãos da garota pousaram imediatamente sobre as dela, acalmando-a.

A garota na janelaOnde histórias criam vida. Descubra agora