Capítulo 29: Amor

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Depois de meia hora, Tee e Cheer foram embora. Freen estava um pouco mais calma, mas ainda preocupada com Kade e Jimm. Ela não entendia por que a garota baixa reagiu daquela maneira. Não é como se tivesse feito algo errado. Ela só beijou Kade por cinco segundos. Não foi tão sério. Talvez ela estivesse chateada consigo mesma porque pensou que o beijo poderia significar que ela havia traído o namorado, que Freen ainda não conhecia pessoalmente, mas ela pensou ter ouvido a amiga chamá-la de Ram.

A verdade é que ela não falava muito sobre ele. Uma hora depois, Freen ainda estava olhando para o outro lado da janela, com a mão direita apoiada no vidro e esperando que Becky aparecesse para lhe dizer que estava tudo bem. Kade não estava mais lá. Ela saiu quinze minutos depois, após verificar se Freen estava bem. Ela disse que precisava pensar. Talvez ela também se sentisse culpada por beijar a amiga. Ou seja, ela também tinha namorado e ele nada mais era do que primo de Jimm, a garota que ela havia beijado.

Certamente ela estaria se desculpando com o pobre Thomas naqueles minutos.

Finalmente, a garota se cansou de esperar. Não aguentava mais. Ela pegou uma de suas muitas jaquetas de couro e se preparou para sair, sem pensar que ainda estava usando as roupas que trouxera para casa depois de sair do hospital, que eram apenas calças de pijama cinza, uma camiseta branca oversized e pantufas de leão. Ela desceu e sentou-se no último degrau para recuperar o fôlego por dez minutos. O estado de seu coração não era o melhor para sair, mas ela ainda precisava saber o que havia acontecido com sua namorada e sua amiga e por que ainda não haviam retornado.

Nueng: O que você está fazendo aqui, Freen? Você deveria estar descansando — perguntou, colocando a mão no ombro da irmã, tirando imediatamente. Freen começou a estalar os dedos.

Freen: Nueng... Eu... eu queria... — Ela tentou mentir, mas realmente não era boa nisso, e a falta de oxigênio também não a ajudou.

Nueng: Não minta para mim, Sarocha.

Freen: Eu quero ver... Becky — Ela sussurrou fraco, o ar voltando lentamente para seus pulmões e seu coração regularizando as batidas.

Nueng: Mamãe, não vai deixar você sair... — Ela disse a ela. Freen suspirou, desapontada. "Idiota. Idiota. Idiota. Você deveria saber. Você é uma idiota, Sarocha. Você quer vê-la e não consegue pensar em um plano melhor. Eu também quero vê-la, idiota! Eu sou você! Você deveria ter planejado melhor!"

Nueng: Talvez eu possa te ajudar...

Freen: Você está falando sério? — Ela perguntou rapidamente, olhando para cima, nunca olhando nos olhos da irmã.

Nueng: Sim, posso distrair a mãe para que você possa sair sem que ela saiba... Mas preciso de um favor.

Freen: Um favor? — Pergunto em dúvida.

Nueng: Me abrace, Freen — Ela pediu com a voz quebrada. E Freen imediatamente se virou para ela, completamente confusa.

Freen: Por quê?

Nueng: Estou com saudades de você, ok? Antes, você sempre me abraçava, mesmo não gostando. Costumávamos brincar juntas. Antes, você me olhava nos olhos e ria quando eu reclamava com a mamãe e o papai por não ter olhos como os seus, e depois você me disse que um par de olhos não importava quando comparado ao jeito que você é. Antes, você era você mesmo. Você era diferente, sinto falta daquela Freen. Eu quero ela de volta...

Freen: Nueng... — Ela a interrompeu, seus olhos cristalizando e as palavras afetando-a muito por dentro.

Nueng: Espere, deixe-me terminar... Vou te ajudar, Freen. E vou fazer isso só em troca de um abraço, porque desde que você está namorando Becky eu ouço você rir. Sempre que você fala com ela pela janela, à noite, você ri. E você é a mesma Freen de anos atrás. A mesma que eu quero de volta... Ela te faz feliz, Freen. E é por isso que vou te ajudar. Vou ajudar você porque Becky está me devolvendo minha irmã.

A garota na janelaOnde histórias criam vida. Descubra agora