Algumas semanas se passaram, Genya parecia ter aprendido mais a usar a espada junto a Muichiro, porém, ainda seria difícil derrota-lô com tal facilidade. E quando os treinamentos acabavam, de alguma forma, ambos sempre iam ao mesmo restaurante para comer, eles tinham conversas variadas e conversas que aos poucos iam se desenvolvendo. Era legal passar um tempo junto para ambos, ainda que: Genya se irritasse pelo jeito frio do pilar da névoa falar.
Quando estavam voltando para a mansão borboleta depois de jantarem juntos de novo, já que, Tokito ainda não tinha se curado 100% de seus ferimentos e ainda tinha que ficar hospedado na mansão, por ordem de Kocho. Quando estavam andando pelos corredores da mansão, Genya estava pensando como ele podia manter uma expressão tão séria e calma durante todo tempo que estiveram juntos. Era irritante ter que lidar com sua expressão fria o tempo inteiro.
— Genya é seu nome, né? –Pergunta de forma pacífica enquanto mantém seu olhar frio.
— S-Sim... Esse é meu nome, por quê?
— É de se imaginar. –se concentra em seus passos e olha para baixo por todo tempo.
— É de se imaginar o que? O que quer se referir? –se irrita profundamente e fala em um tom raivoso.
— Não é nada. Lembrei de você na vila dos ferreiros.
— Hã? Agora que você veio lembrar disso?
— Não, lembrei disso faz um tempo, só não toquei no assunto. –Vira sua cabeça para o olhar.
— hm... –ele contrai seus músculos ainda com raiva.
— Você fica com raiva com muita facilidade. –cruza os braços enquanto diz
— Ah... isso é verdade. –respira fundo tentando se acalmar. – eu detesto me irritar assim.
— Sabe, não que isso seja necessariamente ruim. Você pode se expressar mais livremente.
— Isso é meio que uma praga pra mim. As vezes eu queria ser calmo como você. –Olha para baixo enquanto fala.
— Sabe... –ele também olha para baixo e logo em seguida olha para o outro novamente– Eu queria me expressar como você assim, mesmo eu tendo recuperado minhas memórias, eu sinto que não consigo me expressar.
— Talvez você tenha razão. –continua andando enquanto olha para baixo.
— Me ensine.
— Quê?
— Me ensine a ser expressivo como você. Eu queria saber expressar a minha raiva também. –ele olha para cima para que possa olhar nos olhos do mesmo.
— Olha... eu não sei ensinar essas coisas, não sei fazer nada além de ficar irritado. –fala olhando para baixo.
— Você ajudou a derrotar uma lua superior, como não consegue? –Seu tom de voz é firme.
— Eu não fiz nada naquela luta –ele olha para baixo.
— Tanjiro disse que se você não estivesse lá com certeza estariam mortos.
— Ele só é otimista demais.
— Já entendi. –ele para de andar e o encara por alguns segundos– Você tem falta de confiança em si mesmo.
— Eu...
— Genya, você não tem a capacidade de ter uma respiração como todos os caçadores. Mas mesmo assim, você luta. –ele olha para o maior ainda com seu olhar frio.
— Como você sabe disso?
— Isso é corajoso da sua parte. –ele permanece com seu olhar frio, mas em sua voz possuí um tom de empatia– Você não quer mostrar pro seu irmão que é capaz?
— Eu... E-Eu quero muito! –olha para Tokito surpreso com suas palavras
— Então confie em você mesmo e mostre a ele. –Sua voz permanece em um tom frio com uma mistura de empatia
— Mas como eu faço isso? Eu não sei como ter confiança nas outras pessoas e nem sequer em mim mesmo. –ele olha para baixo, parece abalado
— Então. –O menor pega na mão do mesmo e olha para ele– Eu serei o primeiro a conquistar sua confiança.
— Q-Que?... –O observa por uns instantes.
— Se conquistarmos a confiança um do outro... podemos aprender conosco, não é? –O encara falando de forma firme e confiante.
— C-Cl-Claro –Gagueja nervosamente enquanto olha para ele.
Muichiro fala isso de forma tão firme... Tão confiante, e isso deixa o Shinazugawa meio sem jeito. Ele tinha um rosto tão... tão... fofo! Mas sua expressão seria sempre o retoma como um cara antipático, mas parece que ele tem problemas em expressar seus sentimentos e pensamentos, será que era por isso que o menor estava propondo isso a ele?
Como será que aprenderiam um com o outro? Como se conquista uma confiança? Talvez um problema mais a fundo na tese.
Afinal... O que seria conquistar algo?
No momento em que ambos se olhavam, os olhos azuis como o céu contra o seus olhos arroxeados. Algo que se dispertaria nesse instante? A luz cristalina passeando sobre a brecha da janela, o vento frio que batia...
— Vamos aprender uns com os outros... Genya...
Sua voz era como um calmante natural, como um vento gelado em uma noite chuvosa. Era estranho pensar essas coisas do mesmo, porém algo a mais parecia ser dispertado, como... um ânimo de passar mais tempo junto a ele
— Com certeza... nós vamos, Tokito.
A voz de Genya era meio bruta em si, mas não era ruim, como uma rocha que se quebrava. Sua voz bruta era linda, o pilar da névoa não entendia porquê estava pensando nessas coisas, era bom que no fim, achasse alguém que iria aprender e que ao mesmo tempo se indentificasse em um aspecto.
— É... –Genya murmura enquanto os pensamentos fluiam em sua mente e suas mãos ainda estavam juntas.
— Bem... –Grune em um tom frio e logo solta a mão do outro– eu tenho que ir pro quarto.
— É... Eu também.
Esses silêncio constrangedor de novo não! Ambos foram até seus respectivos quartos. Será que algo novo iria se iniciar? Estavam animados para ver como fariam isso, como... iriam aprender uns com os outros... aquilo que talvez seria ambição demais.
Sem a ambição não teríamos a conquista
Mas sem a conquista teríamos a ambição?
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A arma que é amar
FanfictionNa era Taisho era comum que caçadores e até mesmo hashiras tenham que se casar e ter filhos para repassar a geração para frente, e não era diferente com os jovens que rapidamente estavam em busca de amores passa repassar seu modo de enxergar o mundo...