Yuka está preparada para mudar. Ela está decidida a se tornar mais forte, melhor. Uma flor que aguarda anciosamente sua primavera para desabrochar. Para mostrar a sua beleza, mas que manterá seus espinhos. Porque essa flor é selvagem, e se não tomar...
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O barco com Moz se aproximava.
-- Você chegou cedo de mais -- Senku comentou -- Não tem como fugir ou negociar dessa vez.
-- Estamos em confronto direto com a maior força do inimigo -- Ryusui comentou.
Se Moz era o guerreiro mais forte dos inimigos, então o deles era... Tsukasa, que ficou no japão, e Hyoga, que não era nem um pouco confiável.
-- Senku, você está com o líquido de reviver? -- Yuka perguntou baixinho. Ele a olhou incrédulo, entendendo o que ela planejava. Moz subiu na prancha.
-- Contamos com você, xerife! -- Nikki chamou. Yo se aproximou, já preparado e apontando a arma.
Moz avançou, rápido como uma cobra dando um bote em sua presa. Ele golpeou Yo de lado, o derrubando por cima da murada no navio na água. Kinrou não perdeu tempo e correu até Moz, que desviou. Yuka olhou para Senku, o apressando. Ele ainda parecia hesitar, mas entregou o líquido a ela. Yuka disparou por entre os poucos guerreiros que haviam no navio, contornando eles, descendo as escadas pulando de dois em dois degraus.
Não havia tempo a perder. Cada segundo era precioso. Yuka escancarava as portas conforme atravessava cada corredor, cada sala. Ela estava ofegante quando ficou de frente para a porta do depósito. E precisou forçar a porta a abrir, girando o metal no centro da porta, igual a de cofres antigos. Eles tinham preparado aquilo com cuidado para caso Hyoga escapasse. Ela por fim abriu a porta, já ouvindo o som de passos apressados a distância.
Yuka estava por fim de frente a ambos os prisioneiros, petrificados. Ela despejou o líquido em Hyoga. Sua pele brilhou, revelando os ossos por baixo da pele por um instante antes de por fim, ele ser revivido. Os outros entraram no comodo e trancaram a porta. Mal se afastaram e batidas fortes ecoaram. Yuka se colocou a frente de Hyoga, bloqueando a visão que alguém poderia ter dele. Gen e Yo ficaram um de cada lado dela, se fazendo o mesmo de propósito ela não sabia dizer. A porta foi arrancada facilmente com um chute, revelando o inimigo.
-- Que pena -- Moz entrou, e atrás dele uma figura alta surgiu.
-- Olá, novatos -- Ibara bateu palmas, usando um tom de voz amigável -- Vocês se esforçaram bastante! Fiquei comovido. Mas.. -- O olhar dele se torou sombrio, e o tom a seguir foi de ameaça -- é hora de colocar um fim nisso.
-- Não fomos encurralados -- Senku afirmou, mesmo que Yuka pudesse ver suor pelo rosto e pelo pescoço dele, suor frio, de nervosismo -- Vocês fizeram o favor de nos encontrar aqui.
-- Hã?
-- Eu não queria ter que usar essa carta... é o último coringa -- Senku falou, levando a mão as costas, de forma que ninguém visse, apenas ela, Yo e Gen. Ele segurava um pedaço de metal, como um arame. Gen discretamente o pegou e começou a trabalhar na tranca da cela, o resto do pessoal bloqueava a visão dos inimigos. A tranca abriu e a porta da cela caiu. Yuka e os outros recuaram, Gen quase se grudou na parede pelo medo, mas Yuka deu poucos passos para trás, cedendo espaço para o homem que saia da prisão, mas se recusando a demonstrar o pavor que sentia.
