3.700 Anos de amor Parte 3 (Senku X Leitora)

XI

Luz, e então... ela acordou.

Yuka viu Senku em sua frente. Lágrimas escorreram de seus olhos quando ela o abraçou, chorando em silêncio. Ele chiou de dor. 

-- Ai meu deus, me desculpe -- Ela o soltou, e viu que o braço dele, quase no ombro esquerdo sangrava. Ela olhou ao redor, em pânico.

--  Está tudo bem -- Ela viu o brilho nos olhos dele -- Eu venci.

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Senku não acordou os outros, deixou que Yuka fizesse um curativo no braço dele em silêncio. Ela usou ervas e pomadas feitas ali na hora, que ele lhe entregou. Depois amarrou com alguns panos que eles pegaram no laboratório.

Tinham vencido... finalmente tinham vencido...

Ela ouviu ele explicando tudo, em silêncio. Como fez para derrotar Ibara depois que ela e os amigos formaram uma linha, erguendo os braços e permitindo que Senku contasse o tempo da luz de petrificação. Em silêncio, ouvindo o parceiro, ela se permitiu deixar aquelas lágrimas escorrerem. 

Era tanta pressão. E só agora ela sentia que podia respirar. 

Em silêncio, os dois gastaram um dia inteiro andando pela ilha. Explorando todas as vilas, olhando aos arredores. Ao final do dia, eles não tinham dito uma única palavra. E quando o sol se pôs, os dois foram para o laboratório, a luz ali dentro era um contraste aconchegante com a escuridão do lado de fora. Eles colocaram cobertores no chão, e se deitaram lado a lado.

-- Não necessariamente estou com vontade de fazer algo, mas... -- Ele falou baixinho.

-- Quer esvaziar a mente de vez...? -- Ela completou, ele assentiu. 

Yuka se sentou nos cobertores, retirando o vestido. Senku se a imitou. Quando ambos estavam nus, Yuka olhou para o equipamento de Senku nas prateleiras. 

-- Posso fazer algo amanhã de manhã, muitos povos usavam ervas como anticoncepcional é fácil, só prec- -- ela colocou um dedo sobre os lábios dele, impedindo o monólogo. 

-- Só precisava que você dissesse " Eu consigo fazer isso" -- Ela riu suavemente. Yuka se deitou, abrindo os braços, um pedido para um abraço, e para que ele a tomasse por inteira. 

Senku deu um riso, mas se aproximou. O gênio espalhou beijos e mordidas com carinho pelo corpo da parceira. Depois de tudo, aquela calmaria tinha transformado completamente a situação. 

Não seria sexo em busca de prazer e êxtase, seria amor, suave e delicado. 

Senku se encaixou entre as pernas de Yuka, e penetrou sem pressa. Ele se movia como ondas pequenas se quebrando na praia após uma tempestade, como o brilho de brasas após um incêndio. Sem pressa, pois tinham o mundo apenas para eles. 

O mundo era deles. 

Para ser explorado, para ser transformado. As mãos dos dois se entrelaçaram, os lábios se juntaram, as línguas dançaram.

-- Yuka Ishigami -- Ela sussurrou quando ele se afastou para respirar, os movimentos aceleraram quando ele ouviu o próprio sobrenome, agora sendo dela. Entre gemidos, ela repetiu, uma, duas...várias vezes. 

Ambos tinham aquele olhar em seus rostos. Paixão, agradecimento.

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Yuka estava caçando. Senku só conseguiu reviver Chrome antes do líquido de reviver acabar, e os dois estavam tentando produzir mais enquanto ela ficou responsável pelo alimento. O que era uma tarefa bastante fácil para ela, só precisou entrar nos depósitos que os vilarejos tinham e roubar a comida. Ninguém estava cuidando de qualquer forma.