CAPÍTULO 10

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— Vitor, vamos lá. — Encostei na cadeira e retomei a falar. — Eu não estou pedindo para seus subordinados fazerem, estou pedindo para você fazer. Se eu quisesse terceirizar o serviço, você saberia. Eu quero esses documentos na minha mesa até sexta-feira. — Levantei da cadeira, olhei para a janela e virei novamente para ele. — Isso é uma ordem e quero que ela seja cumprida. — Creio que ele entendeu que sou eu quem mando. Tenho quase certeza de que vi os olhos dele pegando fogo.

— Que é isso? É assim que se entra na sala dos outros? — Levantei-me da cadeira e vi Paulo passando e olhando para a minha sala com a entrada brusca do Vitor. — Fecha essa porta, idiota.

— Isso é obra sua, não é? — Estou furioso com essa maldita.

— Cala a boca, do que você está falando? — Peguei ele pelo braço e joguei na cadeira, esse idiota está falando coisas sem sentido, certeza que aquele pau mandado vai falar algo para Anastácia.

— Anastácia quer um documento financeiro de 3 meses antes da morte dos pais dela até agora e você está envolvido nisso, não é?

— Maldita miserável. — Olhei para ele e sentei na minha cadeira. — E por que você acha que tenho a ver com isso?

— Porque você conseguiu o que queria ao entrar nesta empresa e agora quer me prejudicar.

— Seu inútil, olhe bem para mim, eu sou a última pessoa que pediria isso para ela, até porque fomos nós que causamos um grande estrago nesta empresa.

— Como vou entregar essa documentação para aquela infeliz mimada que se acha a autoridade? Se não fosse mulher, já teria levado um soco no nariz.

— Calma, tenho que pensar. Eu te mando uma mensagem hoje à noite. — Droga, se continuar assim, preciso dar um jeito nessa menina. Peguei minha bolsa e saí, mandei uma mensagem qualquer para ela como desculpa para sair mais cedo da empresa. Preciso resolver isso o mais rápido possível.

Escutei batidas na porta e logo abri, enquanto lia a mensagem do Fernando dizendo que precisa sair mais cedo, pois a sua mãe está no hospital. Não teria como prender ele, só liberei e desejei melhoras. — Boa tarde, Paulo, tudo bem? Não te vi hoje? — Disse rindo.

— Eu estou bem, estou atolado de serviço. Estamos fazendo o fechamento do mês, então estou passando em departamento a departamento para ver erros.

— Eu imagino. Estou resolvendo os problemas aqui pelo e-mail também. — Olhei para o Paulo e fiquei imaginando: será que Paulo seria capaz de me enganar?

— Anastácia, está me escutando? — O que está acontecendo com ela?

— Desculpa, o que você estava falando?

— Sobre o que aconteceu com você e o Vitor, que ele saiu bufando para a sala do Fernando e quase derrubou a Dona Maria com os cafés.

— Na sala do Fernando? Qual o motivo dele ir para lá?

— Não sei, mas Fernando não gostou. Aliás, não sei onde você estava com a cabeça ao trazer esse cara aqui. Sinto algo errado vindo dele.

— Ah, Paulo, é impressão sua. Fernando não conhece a minha fábrica, não teria motivo para fazer mal. Tentei mudar de assunto. Vai me dizer como está a vida, a academia e as namoradas?

— Ah, eu estou bem, na academia estou indo na hora que termino na empresa. Quanto às namoradas, nada ainda. A única pessoa que eu quero que seja minha namorada é você, Anastásia, mas você não está vendo.

— Vamos ter que marcar uma balada para irmos juntos, você fica muito preso dentro de casa. Conversamos um pouco e logo ele mesmo encerrou a conversa. Será que falei algo errado? Escutei uma notificação do WhatsApp vindo do meu notebook, era a Maria: "E aí, conseguiu falar com ele?" Resolvi ligar para ela.

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⏰ Última atualização: Jul 13 ⏰

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