Capítulo 8

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Chegando no prédio da Lena, o porteiro abriu a garagem ao ver o carro da Lena e ela bufou depois de entrar e ver que alguém tinha estacionado na vaga dela.

-Sempre tem um espertinho ou espertinha que faz isso, estaciona na vaga mais fácil. -ela falou justificando seu aparente estresse.

-E agora? O que você faz? -perguntei.

-Eu tenho outra vaga lá em cima, mas tô sem a chave. Você poderia me fazer esse favor? Pedir a chave ao porteiro?

-Claro. Só preciso dizer o seu nome?

-Pode ser. Dizer que é pra o vigésimo andar também resolve.

-Qual o número do seu apartamento? -achei melhor perguntar e fiquei surpresa com a resposta.

-Não tem. É o vigésimo andar.

-Ahh. Ok.

Antes mesmo de chegar perto do porteiro ele já imaginava o que se tratava e vinha correndo em minha direção com uma chave nas mãos. Ele me entregou pedindo mil desculpas e disse que já tinha entrado em contato com o dono do carro que estacionou no local errado.

Voltei até o carro da Lena e no final do estacionamento ela acionou o botão do chaveiro e uma porta levantou dando caminho pra uma outra garagem que tinha pouquíssimos carros.

O elevador rapidamente nos deixou no vigésimo andar e algumas luzes se acenderam assim que entramos.

O primeiro impacto foi de uma casa realmente enorme, mas parecia muito aconchegante com suas estantes cheias de livros, móveis que harmonizam com o piso, o teto desenhado e algumas plantas que pareciam até de mentira de tão bonitas, mas era tudo natural. Dava pra perceber que a casa era milimetricamente planejada.

-Sua casa é perfeita. -elogiei reparando em diversos detalhes da decoração que era de um excelente bom gosto.

-Obrigada. Eu sou apaixonada por esse lugar. Depois que saí da casa dos meus pais eu demorei a me sentir em casa de novo. Mas aqui é tão tranquilo, eu gosto.

-Tranquilo e muito lindo. -reforcei.

Lena sorriu agradecendo o elogio e depois tirou seu celular da bolsa.

-Vou pedir nossa pizza. Calabresa tá bom pra você?

-Tá ótimo. -respondi.

Enquanto Lena digitava algo rapidamente no celular -provavelmente o nosso pedido- eu continuei analisando sua casa graças a minha curiosidade sem fim. E por alguns segundos eu tive a sensação de estar sendo observada. Mas aparentemente não tinha ninguém na casa.

Ouvi um barulho que parecia ter vindo atrás de uma poltrona e depois de me esforçar muito pra enxergar, vi o rabo branco quase da mesma cor do tecido. Forcei meus olhos mais um pouco pra ver se era aquilo mesmo e o gatinho saiu de seu esconderijo me olhando assustado.

-AI MEU DEUS!!!! -gritei fazendo o gato se esconder novamente.

-O que foi?! -Lena perguntou levando um susto.

-Você tem um gato!! E é a coisa mais fofa do mundo.

-Que susto você me deu. -ela disse rindo.

-É que eu sou apaixonada por gatos. Mas nunca pude ter um.

-Aquela ali na verdade é uma gatinha. E ela é bem tímida, mas já já ela se acostuma com você e aparece de novo. -Lena disse encarando o esconderijo, mas provavelmente ela estava bem embaixo da poltrona.

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