Capítulo 11

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Enquanto eu andava em direção as meninas eu percebia que elas estavam sérias e nem me viram chegar de tão concentradas que estavam.

-Oi, gente. -falei um pouco constrangida pela interrupção, mas fui recebida com enormes sorrisos.

-Kara!!! Que surpresa boa. -Andrea falou levantando da cadeira e me abraçou. As meninas fizeram o mesmo em seguida e me chamaram pra sentar.

-Eu vi vocês de longe. Vim só dar um oi.

-Ahhhh, fica mais um pouquinho. Nós vamos pegar alguma bebida, você vem comigo, Megan? -Andrea perguntou com certeza só pra me deixar a sós com a Lena, e a Megann até demorou um pouco pra entender, mas concordou.

-Ah! Claro. O que você vai querer, Lena? -ela perguntou olhando a amiga.

-Só uma água. Por favor.

-E você, Kara? -Megann voltou sua atenção pra mim e me ofereceu o lugar que ela estava sentada antes.

-Ainda tem cerveja aqui. Não precisa, mas obrigada. -disse mostrando a garrafa.

-Tá bem então.

Lena voltou a olhar pra mim quando as meninas se afastaram, mas tinha algo errado em seu olhar, ela estava triste. Sentei de frente pra ela na mesa e perguntei:

-Você tá bem? Tô te achando diferente.

-Tá tudo ótimo. Não precisa se preocupar comigo. -ela respondeu de forma genérica.

-É estranho porque algo me diz que eu preciso sim. -insisti.

-Eu tô bem. Sério. Acho que é só cansaço. Você não acha melhor voltar pra o seu amigo? Ele tá lá sozinho.

Engano meu achar que a Lena tava distraída com as meninas, ela já tinha me visto com o Barry e talvez pudesse ter entendido tudo errado, então tentei contornar a situação.

-Tá tudo bem, ele pode esperar um pouco. Não é como se eu tivesse num encontro ou algo do tipo. Barry é só meu amigo. A gente tá trabalhando juntos num caso da polícia. Eu preciso escrever sobre uma história, mas pra isso, o problema tem que ser solucionado. A gente tá todos esses dias trabalhando sem parar, aí resolvemos nos dar um descanso hoje.

-Tá tão difícil assim de resolver? -ela perguntou.

-Bastante. Preciso encontrar uma tal de Verônica Sinclair.

-Espera. É uma mulher que usa vestidos extremamente apertados e tem umas tatuagens parecidas com a da Lisbeth Salander?

-Essa mesma! Você conhece ela?! -a surpresa na minha voz sobressaiu mais do que imaginei.

-Não exatamente. Ela estudava com a Andrea no internato, mas nunca gostei dela. Essa mulher tem um tipo de diversão peculiar demais pra o meu gosto.

-Lutas, não é?

-Isso mesmo. -Lena confirmou.

-E você sabe onde eu poderia encontrá-la? -perguntei.

-Até onde eu sei essas lutas acontecem nos lugares mais aleatórios possíveis.

-Não é tão aleatório assim, mas enfim. Como eu fico sabendo onde é a próxima luta? Eu juro que não perguntaria se não fosse importante. Tem muita gente morrendo nessa história.

-Eu realmente não sei de nada, Kara. Mas eu sei de alguém que saberia. -ela disse olhando em direção a Andrea e depois me encarando novamente.

-Entendi. Eu vou falar com ela. Muito obrigada mesmo.

Unexpected LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora