Acordei cedo no final de semana e me dei de cara com a Alex.
-Apareceu a margarida!! -falei animada lhe dando um abraço e ela riu. -Como foi em Trinity? -perguntei.
-Legal. Bem legal na verdade. Conheci algumas praias do Norte, fizemos uma rota religiosa porque lá tem uns templos bem antigos, também tem festas incríveis a noite e... eu conheci a mãe da Kelly.
-Mentira!!!! E como foi? Eu quero saber de tudo!
-Hmm. Eu não sei se ela gostou muito de mim. Acho que a Sra. Olsen não esperava que a Kelly fosse levar uma mulher branca e policial pra dentro de casa. Ela até tentou, mas não reagiu tão bem a notícia.
-Eu não me preocuparia com isso, com o tempo ela vai perceber que você é incrível, justa, muito competente e ama a filha dela.
-Eu sei, eu sei. Também gosto de pensar assim. Mas sei lá, eu criei muita expectativa pra esse primeiro encontro. Mas enfim... e você? Já tá acordada a uma hora dessa por quê?
-Ah. Eu vou sair com o Barry hoje. Vamos à praia.
-De novo o Barry? Tá rolando alguma coisa entre vocês que eu não sei? -Alex colocou a mão na cintura ficando séria e minha careta foi automática.
-Ai, Alex. Você sabe muito bem que não. E ele namora.
-Até onde sei eles terminam. -ela rebateu.
-Eles deram um tempo, tenho certeza que vão voltar logo. E... você sabe que eu... tô gostando da Lena.
-Então por que eu só te vejo com o Barry o tempo todo?
-Porque você não para em casa. Mas até chamei a Lena aqui quando você não tava.
-Hm, justo. Eu só não quero ser cunhada daquele almofadinha. Ok?
Eu ri porque sei que não tem jeito de fazer a Alex simpatizar por ele, mas mudamos de assunto e tomamos café da manhã juntas antes de eu ter que sair de casa.
Me encontrei com o Barry no píer para o tão prometido passeio de jetski e ele parecia mais animado que uma criança no parque de diversões.
Existe uma empresa que cuida das embarcações e de todo tipo de veículo aquático. Então fomos pra lá e ficamos aproveitando o espaço de espera enquanto eles levavam o jetski do Barry pra água e testavam. Nós deitamos em redes um ao lado do outro e ganhamos cocos bem gelados.
Eu poderia aproveitar pra andar na areia da praia, mas antes da gente chegar ali, tínhamos corrido quase 7km. Barry parecia pronto pra outra maratona, mas eu quase não sentia minhas pernas. Coloquei meus óculos escuros, aproveitei o vento que batia na gente e se não fosse o meu amigo tagarelando sem parar, com certeza eu teria cochilado.
-Correr deixa o corpo da gente elétrico, você não acha?
-Uhum. -concordei
-A gente poderia tentar voltar pra casa correndo.
-Uhum. -concordei novamente.
-Sério? Você topa? -percebi a excitação em sua voz e dei um pouco mais de atenção.
-O quê? -perguntei.
-Voltar pra casa correndo. -ele repetiu.
-Não! Tá maluco? Eu nem tô sentindo minhas pernas.
-Sabia que você não tava ouvindo...
-Desculpa. Eu tava aproveitando o vento. Eu adoro praia. Em Nebraska não tem, né?! Então passei muitos anos sem isso aqui.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Unexpected Love
Fanfiction[...] com você eu dançaria pelo resto da minha vida, um baile inteiro e não uma única dança.