General // Jisoo

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Point of View S/n

Eu e Jennie reviramos os olhos.

Novamente estávamos sendo advertidas por sairmos escondidas do quartel e achadas pela nossa General, numa balada com vários criminosos.

Não que a gente seja criminosa, mas às vezes cansa andar totalmente na linha estando no exército a força por seus pais.

Temos apenas 19 anos.

Eu e Jennie vivemos praticamente a mesma história até aqui.

Pais militares que queriam filhos para seguirem seus legados e foram premiados por filhas, com raiva nos obrigaram a servir e claro, eles são militares, conseguiram nos colocar com muita facilidade.

- Já é a sétima vez no mês! - A Kim mais velha bateu na mesa.

- Oitava. - Corrigi e ela travou o maxilar com raiva, Jennie soltou uma risada baixa ao meu lado.

- Soldada S/s, não me teste. - Fixou seus olhos em mim.

Apenas cruzei os braços e mudei as pernas de posição, estavam doloridas. Dancei demais.

- Eu menti? - Jennie segurou o sorriso desviando o olhar da nossa General.

- A Coronel está furiosa comigo!

- Se está furiosa com você, porque devemos nos preocupar? - Perguntei e a Kim começou a ficar vermelha, parecia que a qualquer momento sua cabeça pegaria fogo.

Eu não me importo.

Nem Jennie.

A garota segurava o riso em cada palavra minha, mas não tinha coragem de dizer nada.

- Soldada Kim, se retire da sala. - Jisoo falou e eu engoli seco, nunca ficamos sozinhas.

Minha amiga né lançou um olhar de desespero, porém não hesitou em acatar a ordem da mulher.

Cruzei as pernas e fingi naturalidade.

Ficar sozinha numa sala com essa mulher é de matar.

Não vou mentir dizendo que minha General é feia só por ter 32 anos, ser chata e irritante, pelo contrário. Mesmo com uma idade bem distante da minha, ela é bem conservada e gostosa.

Sou jovem, solteira, com os hormônios bem agitados. Claramente já me peguei pensando em como seria ser fodida por Kim Jisoo.

Pena que ela só está preocupada com sua reputação e status.

- O Major S/s odeia essas notícias sua. Cada vez que você aponta uma dessa, o respeito dele por mim diminui-

- Eu não me importo com sua reputação, seu status e principalmente suas aparências com meu pai. - Ela arregalou levemente os olhos. - É Major S/s aqui, Major S/s ali. É horrível ver um homem que é um péssimo pai sendo admirado por mulheres importantes como você. - Jisoo se manteve calada. - É verdade. - Soltei uma risada. - Essa parte ninguém sabe, ele me obrigar dês dos seus anos de idade a seguir ordens e maneiras militares. A surra que ele me dava por errar uma ordem ou lei. Os gritos e castigos. Eu ficava sem comer por dois ou três dias com apenas oito anos. Por causa disso eu desenvolvi o TARE.

"O Transtorno Alimentar Restritivo/Evitativo (TARE), também chamado de ARFID, é caracterizado pela evitação ou restrição de certos alimentos devido a sensibilidades sensoriais, medo de consequências negativas (como engasgar ou vomitar), ou falta de interesse na alimentação. As principais consequências incluem perda de peso significativa, deficiências nutricionais, dependência de suplementos e interferência no funcionamento diário. Ao contrário de outros transtornos alimentares, o TARE não envolve preocupações com peso ou forma corporal."

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