steal my girl - joão neves.

3.

o resto do dia correu bem. sai às 17h00, tomei um banho. experimentei os meus melhores vestidos. e cheguei á conclusão que ia levar um vestido do padrão de um leopardo. o meu cabelo estava molhado. ia sair com ele assim mesmo. coloquei um bom gloss. o meu melhor gloss. amava-o.
com isto, são 19h30. joão deve estar a chegar. calçei uns saltos altos. da cor prateada. peguei no meu telemóvel e coloquei na minha mala pequena. colocando-a no ombro. ajeitei o cabelo. pus bastante perfume. como sempre ponho.
sacudi a cabeça e tranquei a porta. reparei que joão saia do carro com um terno preto. com uma camisa branca. umas calças pretas. e uns sapatos também pretos. merda. estava a sair do carro em câmara lenta. tudo cenários da minha cabeça. foco mariana foco.

— olá. - disse ele impressionado.

— olá. - disse num tom rude.

ele abanou a cabeça e abriu-me a porta do carro. arqueei as sobrancelhas e entrei. fechou a minha porta.
o mesmo deu a volta ao carro e sentou-se no banco do condutor. e fechou a porta também.

— estás gira. - disse ele a ligar a rádio.

— hmhm. eu sei. - conectei o seu rádio ao meu telemóvel.
o mesmo riu-se e ligou o carro. quando pôs as mãos ao volante. tentei manter o meu controle. aquelas veias. aquelas mãos. foco.
olhei para o vidro. enquanto ele conduzia.

moth to a flame tocava. e eu cantava silenciosamente. o som estava alto então não se ouvia a mim. até joão perceber que estava a cantar e ter baixado o som, dando só para ouvir a batida.

— but does he know you call me when he sleeps? - joão incentivou-me a continuar.

— but does he know the pictures that you keep? - cantei. e joão sorriu a ouvir a minha doce voz.

— but does he know the reasons that you cried? - joão continuou a cantar comigo até ao restaurante.

estacionou e olhou para mim.

— recuso-me a fazer sexo no carro. - disse e o mesmo soltou uma gargalhada.

— não vamos fazer sexo. eu apenas estava a olhar para ti. - corou ele.

— eu aposto. - ele olhou rapidamente para mim. - que não vais aguentar 20 minutos lá dentro. - disse a ligar o meu telemóvel.

— queres que seja honesto? tou com vontade de te puxar os cabelos. tirar-te esse vestido. beijar-te cada parte do teu corpo. e fazer-te gritar. mas estou a saber controlar-me. - o mesmo fez-me sufocar. que fome a dele. sorri a contar 20 minutos no meu relógio.
saimos do carro. o restaurante é bastante giro. sentamos-nos depois de termos mesa.

— espero que a casa de banho seja grande. - joão disse e eu abanei a cabeça.

— estás a perder a aposta, querido. - disse a sorrir e a fazer o pedido. uma francesinha. melhor prato. o mesmo lediu o mesmo que eu.
— vai ser na tua ou na minha? - susurrei e o mesmo sorriu pasaando o lábio nos seus próprios lábios.

— podemos experimentar a minha. - ele acariciou a minha perna debaixo da mesa o que me fez arrepiar.
o mesmo percebeu e sorriu de canto.
passei a língua pelos lábios, mordendo-os no final, olhei para o lado e abanei a cabeça.

— parece que alguém não vai aguentar. - disse joão e eu revirei os olhos. o mesmo riu-se. abaixei a mão para tirar um salto alto. passei o meu pé pela parte de baixo de sua perna. fi-lo meter a língua no céu da boca. e a sorrir. olhou para o lado e depois para mim. sorri.

— fala-me de ti. - disse ele e eu arqueei as sobrancelhas.

— o que queres saber? - perguntei eu. ainda a estranhar!