Briga

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- Onde você estava Taylor?

- Sai com a galera.

- Que galera?

- Da escola Tia...

- Taylor você estava bebendo?

- Admito que um pouco.

- O que eu faço com você Taylor? - Ela suspira - Andei pesquisando internatos...

- O que? - Eu me altero - AH CLARO, VAI SE LIVRAR DA MENINA PROBLEMÁTICA.

- VAI JÁ PRO SEU QUARTO TAYLOR!

Ela joga um vaso que fica na mesa ao lado do sofá na parede.

Subo as escadas e fecho a porta do quarto e bato a porta com força.

- Má hora né? - Fala Pedro.

Eu me viro e ele está sentado na poltrona, corro ate ele e o abraço forte, começo a chorar abraçada a ele.

- Taylor? 

- Porque você sumiu? É um dos únicos que eu tenho nessa cidade, mesmo sendo um semi-morto.

Ele ri 

- Esse termo e novo...

- Não estou brincando, seu idiota.

- Desculpa! Não vou mais sumir, prometo.

Começo a me acalmar e me afasto rapidamente dele.

- hãn... Desculpa.

- Tá tudo bem? -  Ele diz segurando meu rosto me obrigando a olhar para os seus olhos verdes.

- Não muito - Falo - Seu padrasto disse que vai me perseguir, depois eu entrei em uma briga com um cara malvadão da escola, ai cheguei e nem devia ter saído porque eu estou de castigo, e ai eu cheguei e minha tia disse que ia me colocar em um internato.

- Calma, o Hélio? - Ele suspira - Ele só quer te assustar, eu não vou deixar ok? Você bebeu Tay?

- E o que você pode fazer? - Eu sento na cama - Eu bebi pra caralho.

- Eu falei com ele esses dias, ele disse que te deixa em paz quando eu topar ir com ele pra o outro plano.

- Ou seja, desistir de voltar para seu corpo?

- Sim, ele não aceita o fato de que morreu pelo o que fez com minha família e não acha justo eu voltar e ele não.

- Não faz isso! - Enxugo as lágrimas que nem percebi que começaram a rolar - Porque faria isso por mim?

Ele pigarreia e eu olho para seu rosto.

- Não estranha, você nem me conhece direito, mas aquela noite que você estava bem bêbada, eu cuidei de você, eu sinto que preciso de você, algo mais forte que eu...

- Você que me cobriu?

- Sim.

- Obrigada?

- Obrigado digo eu, por me deixar ficar - Ele senta do meu lado na cama - Quer falar o porque está chorando?

- O mesmo de sempre, eu não sei como fazer isso tudo parar Pedro...

Passo a mão no meu cabelo e ele segura ambas das minhas mãos.

- O que é isso Tay?

Olho para minhas mãos cobertas de feridas devido aos murros e explico a historia para ele.

- Coloca isso no gelo, cuida disso por favor, certo? E não faz mais isso, eu sei que você queria defender o menino mas não se coloca em risco por causa disso, você podia realmente se machucar!

- Já arrumei brigas antes Pedro..

Ele me envolve com seus braços e eu deito em seu peito, ficamos calados por algum tempo.

- Tá na hora de eu ir, você vai dormir...

- Fica?

Ele congela e me olha.

- Quer que eu fique?

- Você me acalma, eu não vou negar que eu estou um pouco bêbada e vou dormir de jeans e jaqueta... Qual o mal?

- Nunca dormi com alguém estando meio morto sabe? - Ele ri - Não te incomoda?

- Pode ir se quiser...

- Eu vou ficar.

Ele começa a fazer cafuné em minha cabeça e eu caio no sono, mas acho que escuto quando ele sussurra.

- Sempre que quiser eu vou ficar...

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