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Estou sozinha em casa, mais uma vez minha tia foi para o trabalho, estou tentando estudar mas a paranoia em relação ao que a Dani contou esta por ai...

Não consigo me concentrar.

- Ótimo.... 

Escuto um barulho alto no andar debaixo, estou descendo as escadas com um canivete na mão.

- Seja lá quem for, eu estou armada, fique quieto.

Desço mais rápido e o barulho está vindo das caixas da cozinha, abro a caixa esperando um rato mas na verdade é um filhote se gato preto bem magro.

- O que você está fazendo aqui? 

Pego ele no colo e coloco no chão, ele começa a brincar com a barra da minha calça jeans.

- Ah você é um gato caçador né?

Pego um pedaço de carne na geladeira e ofereço a ele, o gatinho está faminto e devora toda a carne que ofereço a ele.

- Por enquanto vai ter que ser essa... Vou ver se consigo te adotar, mas só se você não comer as preciosas carpas da minha tia, ok?

Ele mia baixinho e come tudo, o pego no colo e deito na cama , ele se aninha em minha barriga e cai no sono em pouco tempo.

Minha tia chega em casa e quando entra no quarto me encontra dormindo com um gatinho na barriga e me acorda.

- O que é isso?

Eu acordo o gatinho e mostro a ela.

- Ele estava lá embaixo mas caixas brincando ou procurando comida.

- E porque ele ainda está aqui?

- Posso ficar? Você fica o dia todo no hospital e as vezes a noite também, fico muito sozinha aqui...

Ela suspira e pega o gatinho pelo pescoço.

- Como vai ser o nome desse meliante?

- Não sei... - Pego ele das mãos dela - Acho que Lucky, porque ele teve sorte de entrar nessa casa...

- Banho , comida e cuidados ficam por sua conta.

- Certo... 

- Bem vindo a família Lucky - Ela fala passando a mão na cabeça dele. - Vou ter que voltar pro hospital, hoje vai ter uma tempestade e mandaram todos voltarem para lá.

- Ok..

- Qualquer coisa me liga, sério qualquer coisa mesmo.

- Certo.

- Até amanhã meu amor - Ela beija minha testa - Tchau Lucky.

Ela vai embora e eu vou com o gato no pet shop da esquina e compro tudo que precisa para criar um gato, e pego uma parte da minha mesada para pagar o veterinário.

Despois de arrumar o lar de Lucky eu deito na cama e coloco fones de ouvido, o meu quarto começa a gelar, o pequeno gatinho fica assanhado e corre para cima de mim, eu evito olhar para frente porque sei que ali tem alguma coisa.

Lucky mia bravamente enquanto adota uma postura de defesa em cima de mim, e eu finalmente tenho coragem de olhar, um homem de mais ou menos 20 anos está ali parado e me observando, finjo que não vejo ele e cubro os olhos, o meu coração está para sair do corpo, Lucky tenta arranha-lo com a patinha e ele sorri.

- Você é um menino mal ne? - ele fala para Lucky sorrindo - Está cuidando dela?

O frio da lugar a um calor agradável, ele agora me encara e eu não consigo não olhar nos seus olhos verdes, sem marcas dessa vez.

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