Entramos no carro correndo para ir no hospital ver finalmente o corpo de Pedro, ele esta alterado e ansioso, eu pego sua mão.
- Ei, vai dar tudo certo ok?
- Cara você não tem noção de como isso é estranho - Fala Daniele - Quer maconha?
- MEU DEUS VOCÊ NÃO VAI FUMAR E DIRIGIR PORRA - tomo o fino da mão dela e jogo pela janela.
- Você jogou 45 reais pela janela? - Ela pergunta brava - E era skank!
- Cala a boca, vamos logo!
Ela da um sorriso e sai com o carro em direção ao hospital.
Chegando no hospital vamos direto para a parte de pessoas em coma, peço para ver Pedro.
- E é aqui que eu me despeço - Ela fala - Boa sorte alma penada, tay, qualquer coisa liga ta?
Ela me abraça e eu volto para a recepcionista.
- Desculpa mas apenas familiares - Ela verifica uma lista - Ou autorizados.
- NÃO ACREDITO NISSO - Fala Pedro - E agora?
- Calma - Verifico se a recepcionista viu eu falar calma para o nada - Olha, eu sou amiga dele de infância...
- Desculpa mas não posso permitir.
Respiro fundo.
- A família dele vem aqui?
- Todos os dias a mãe vem aqui.
- Ela já veio hoje?
- Ela está lá dentro.
Meu coração dispara.
- Pode chama-la?
Pedro esta limpando as lágrimas do seu rosto, eu quero desesperadamente abraça-lo e dizer que eu estou aqui, mas eu me seguro, a ultima coisa que precisamos e que achem que eu sou louca.
- Um momento - Fala ela pegando o telefone.
Uma mulher morena sai de dentro da área dos quartos, ela é alta e está abatida, mas é linda, tem exatamente o mesmo olho azul vibrante de Pedro.
- Mãe! - Ele fala indo ate ela - MÃE!!
Ela passa direto por ele e passa as mãos em seus braços, como se sentisse frio, ele me olha com o olhar mais triste que eu já vi em seu rosto.
- Olá? - Ela fala para mim.
- Oi! Sou a que te ligou aquele dia... Taylor, a amiga de infância de Pedro.. Lembra?
Ela abre a boca mas as palavras não saem, ela me puxa pelos braços e me abraça.
- Oh meu deus como é bom ter contato com alguém que conhecia meu menino, os amigos dele pararam de vir faz algum tempo já... Mas sou mãe sabe? Esperança nunca morre.
Eu aliso as costas dela em uma tentativa de consolo e ela me abraça mais forte ainda.
- Oh deus! Deixem ela entrar! Eu autorizo.
Eles me liberam, Pedro está chorando desesperadamente e eu pego sua mão discretamente, entramos no quarto.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Perseguida
ParanormalTaylor perdeu os pais e morreu alguns segundos depois de um terrível acidente de carro, depois disso ela nunca mais esteve sozinha.