O Nosso Amor [MORRO]

11.

Jade💋

Maratona 3/5

Senti o calor do abraço de Yara enquanto as lágrimas escorriam pelo meu rosto. O barulho que ecoava em minha mente me deixava apavorada. Medo e pânico eram sentimentos que tomavam conta de cada parte de meu ser.

Yara: vem pra cá.- disse sem me soltar, conduzindo-me até o carro. Percebi que tinha várias pessoas na rua, todas concerteza de olho na confusão.

Mais à frente, vi Mariana, com um sorriso debochado.

Mariana: por isso eu prefiro ser a amante. - gritou e riu.

Yara: fecha a porra dessa boca, senão vai ficar sem dente.

Entrei no carro, com a cabeça baixa, tentando não dar importância.

Jade: eu não aguento mais tudo isso. - falei entre soluços. - meu psicológico tá muito abalado, eu sinto que vou enlouquecer a qualquer momento.

Yara: acalma, Jade. Lembra que você tá grávida, pensa nos seus bebês.

Jade: eu quero morrer, parece que eu só vim ao mundo pra sofrer.

(...)

Na manhã seguinte, acordei cedo, olhando o teto enquanto refletia sobre minha vida. Logo, Yara entrou no quarto com um sorriso.

Yara: tá bem, Jade? Vamos tomar um cafezinho?

Sorri sem mostrar os dentes e levantei seguindo Yara até a cozinha.

Yara: General quer conversar contigo. - fez uma pausa. - ele ligou pro Rodrigo mais cedo.

Jade: é sempre assim... Uma hora ele vai é me matar, isso sim.

Yara: vira essa boca pra lá.

Em questão de minutos, Rafael entrou na cozinha junto com Rodrigo.

General: bora pra casa, loira. -sorriu sem graça. - a gente precisa conversar.

Yara: conversa aqui mesmo. - disse sem olhar para ele, saindo em seguida e levando Falcão.

Suspirei e voltei a comer seu pão.

General: eu quero te pedir desculpas. - disse me  fazendo olhar para ele. - fui um vacilão, errei pra caralho contigo e, pra te falar a verdade, de coração mesmo, eu quero mudar. Quero mudar pelo meu muleque.

Jade: por que você nunca lembra que também vamos ter uma menina?

General: não muda de assunto.

Jade: você não lembra que vai ter uma filha. Já me bateu várias vezes, me bateu ontem e ainda quer ter razão de alguma coisa? - respondi, segurando a xícara de café.

General: na moral mesmo, eu já tô perdendo a paciência. - falou estressado.

Jade: você sempre perde a paciência.-  beberiquei o café, sem desviar o olhar.

A tensão na cozinha era palpável, um silêncio carregado de palavras não ditas e sentimentos reprimidos.

...