O Nosso Amor [MORRO]

5.

General🥇

O sol já estava se pondo, a favela toda alegre, molecada brincando. Na boca de fumo, o movimento tava intenso, fluindo pra caralho.

Hoje, por sinal tava algo diferente em mim. A alegria tava me consumindo. Jade, a mulher que eu amo tá grávida e já tinha avisado geral. A notícia parecia ter acendido uma chama ainda maior dentro mim.

General: vocês ouviram bem, seus porra! - falei levantando da  cadeira e erguendo os braços. - Jade tá esperando um filho meu! Eu vou ser pai!

Os aplausos e gritos ecoaram pelo local. Mesmo aqueles que me temiam não puderam deixar de se alegrar por mim. Eu andava de um lado para o outro, cheio de energia, desde ontem eu falo pra qualquer um que passar em minha frente que eu vou ser pai.

General: e vou dizer mais!- continuei com a voz alta- eu vou ser o melhor pai que esse moleque poderia ter. O meu sonho sempre foi ser pai de um menino, e eu sinto que vai ser um garoto! Vou ensinar tudo o que sei, tudo o que aprendi nas ruas. Ele vai ser forte e vai ter o mundo aos seus pés!

Enquanto eu falava, Mariana me olhava de longe.  Ela é uma das minhas putas, pego ela desde que eu era moleque.
Mas pra falar a verdade , eu vou tentar me dedicar ao máximo nessa nova vida que estava prestes a começar, vou ser fiel a Jade.

Bombinha: ei, General! — gritou bombinha, meu aliado- e se for uma menina?

Parei por um momento, e um sorriso largo se formou em seu rosto.

General: se for uma menina, vai ser a princesa mais protegida desse mundo! - responde ele, com um brilho nos olhos. - mas eu sei que vai ser um garoto. Tenho esse pressentimento.

A noite continuou, e a minha alegria parecia contagiar a todos ao redor. Eu falava com cada pessoa, repetindo a mesma coisa: que seria um ótimo pai, que meu filho seria um rei. Naquele momento, eu , louco e traficante parecia quase vulnerável, tomado por um sonho simples e puro.

Mas no fundo eu sabia que essa notícia só o tornaria ainda mais perigosa a vida da minha familia. Afinal, agora eu tenho algo ainda maior pelo que lutar.

(...)

Saí da boca de fumo, ainda sentindo a adrenalina de tudo. Eu precisava e preciso de mais. Meu destino agora era a casa de Mariana.

Assim que cheguei na casa dela, a porta já estava entreaberta. Mariana, sabendo que eu iria, esperava por mim, sua silhueta iluminada apenas pela luz fraca de uma lâmpada velha. Sem trocar palavras, puxei ela para perto, nossas bocas se encontraram com uma urgência quase desesperada.

Nossos corpos colidiram com fervor, movendo-se em sincronia, como se estivessem tentando apagar o mundo ao redor. Eu usava ela, pra não ter que incomodar Jade, não quero mais machucar minha mulher.

Horas se passaram como minutos. O tempo parecia se distorcer quando a gente tava junto. O calor e a energia entre eles nós tava quase insuportável, ela me leva a novos picos de prazer e exaustão. As paredes pareciam vibrar com a intensidade de nossos encontros, como se a casa toda estivesse prestes a explodir.

Finalmente, quando a exaustão nos venceu, ficamos deitados, respirando pesadamente. Olhei para Mariana, seu rosto ainda estava iluminado pelo resquício da luz fraca.

Mariana: isso nunca vai mudar, não é? - murmuro.

Mariana sorriu, tocando meu rosto suavemente.

General: não, nunca vai. Você sabe que nosso lance é sem compromisso.

Suspirei, fechando meus olhos por um momento. Eu sei que Mariana tava certa de querer cobrar algo. Mas o que eu tenho com ela é puro fogo, uma fuga da realidade. Mas o que eu sinto por Jade é algo diferente, algo que agora, com a chegada do meu filho, parecia mais real e necessário do que nunca.

A noite continuou, o silêncio apenas interrompido pela nossa respiração. Mas naquele momento, eu só conseguia pensar no meu amor por Jade e o lance louco que tenho com Mariana.

...