Capítulo Sete - O Banquete.

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O fim do jantar que Rafaela tinha planejado na sua cabeça era completamente diferente do que estava acontecendo naquele momento.

Iolanda quis pedir uma taça de vinho para acompanhar o prato que havia pedido para jantar. Rafaela, que não queria parecer uma esquisita bebendo somente água e refrigerante, também pediu uma taça de vinho. Mas, se lembram que sua tolerância para álcool era uma piada? Pois é.

— Arh, ingerir uma unidade de gota de vinho é como se jogasse um galão enorme de gasolina em cima do fogo do tesão— Rafaela murmurou para si mesma.

— É um inferno que eu me lembre do todos os detalhes daquela noite— Iolanda falou baixo, saindo da cabine do banheiro, indo direto para a pia— Você sabe que não conseguiu falar baixo, não é?— Perguntou começando a lavar as mãos.

Rafaela tinha o seu rosto todo vermelho tanto pela leve embriaguez, quanto pela vergonha propriamente dita.

— Me... Me desculpa, eu não quis que você ouvisse isso— Rafaela gaguejou um pouco envergonhada.

— Você disse que vinho te instiga, não é?— Iolanda perguntou, Rafaela assentiu— A mim também— Revelou se apontando— Por que é que nós estamos paradas no banheiro do restaurante ainda?— Puxou algumas folhas de papel para secar suas mãos.

— O que você-O que você quer dizer com isso?— Rafaela soltou uma risada nervosa.

— Por Deus, parece uma adolescente virgem que está a um passo de perder virgindade— Iolanda resmungou impaciente caminhando na sua direção— Vamos, temos um desejo em comum nesse momento e seria ótimo que resolvêssemos isso o mais rápido possível.

Agarrou na gola do blazer de Rafaela e começou a puxá-la para fora do banheiro.

O coração de Rafaela estava tão acelerado que ela tinha a falsa sensação de desmaio bem nas suas costas. A cabeça mais barulhenta que um festival de música num dia quente de verão. O olhar de Rafaela caiu um pouco, a cintura de Iolanda estava bem marcada naquela blusa cinza. O seu quadril e a bunda estavam incrivelmente marcados e esmagados na calça de couro que cobria as suas pernas. E o coturno com detalhes de fivelas estava magnífico em seus pés.

— Pare de olhar para a minha bunda. Entre no carro e dirija!— Iolanda ordenou com a voz carregada de autoridade.

Empurrou Rafaela contra a porta do carro. A diferença de altura das duas era até algo evidente, mas não tão chamativo assim. Iolanda curvou um pouco do seu tronco pra frente aproximando o seu rosto do de Rafaela. O coração da Alfa estava batendo como um louco. Os olhos cor de ouro de Iolanda encaravam os olhos pretos como a noite de Rafaela.

— Pra-Pra onde quer que eu dirija?— Rafaela, por fim, foi capaz de dizer alguma coisa.

— Nós poderíamos ir para a sua casa?— Iolanda perguntou.

— Não quero que a minha família nos ouça...— Rafaela murmurou envergonhada.

— Adolescente virgem— Iolanda revirou os olhos.

— Por que não vamos para a sua casa?— Rafaela rebateu.

— Não gosto de levar ninguém para lá— Iolanda respondeu um pouco ríspida— Ok, então, a noite se encerra aqui. Me dê uma carona até em casa, por favor— Pediu.

— Nã-Não, espere... espere um pouco— Rafaela agitou-se— Eu conheço um hotel maravilhoso que fica na zona portuária, podemos ir para lá— Sugeriu.

— Hotel ou motel? Eu não sou do tipo que vai para motéis ou coisa assim, não gosto muito— Iolanda falou.

— Hotel mesmo— Rafaela respondeu.

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