Capítulo Dois - O Café.

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Aquela semana tinha passado voando, e o final de semana nem se fala. Rafaela passou o resto de toda a semana preparando-se para a reunião com o Conselho Regional de Medicina depois que alguns projetos de lei terem sido aprovados, e a sua rede de hospitais e clínicas havia sido selecionada para que pudesse ser um dos primeiros lugares q realizarem os procedimentos que aquela lei permitia acontecer.

Rafaela sempre foi incentivada pelos seus pais a seguir os seus sonhos e correr atrás de seus objetivos. Sua mãe, Ana Helena, foi uma grande neurocirurgiã, extremamente aclamada e muito respeitada na área da medicina e da ciência. E seu pai, André, Mestre e Doutor em Geografia, era um Geólogo extremamente respeitado no ramo, com uma carreira gigante, e sendo ex professor universitário. Era dois extremos para Rafaela se inspirar, então, ela escolheu seguir a área da saúde como a mãe, formando-se em Medicina, e se especializando em Cardiologia.

— Está quase na hora de você ir buscar as suas flores, Chefe — Júlia cantarolou bem baixinho.

Por estar tão submersa em seu trabalho, Rafaela quase não escutou o que sua amiga tinha dito. Ela até escutou que Júlia tinha falado alguma coisa, mas não prestou atenção o suficiente para processar a informação.

— O que disse, Ju? — Rafaela soltou distraída ainda olhando para a tela do monitor.

— Eu disse que está quase na hora de você ir buscar as flores— Julia repetiu— Caramba, o que é que vocês conversaram nessa reunião que te deixou avoada um dia inteiro?

— Arh, tanta coisa— Rafaela suspirou cansada apertando os olhos sob os óculos de grau— E, sim, está quase na hora de buscar as flores, se você não tivesse me lembrado, com certeza não iria— Falou.

— Aproveite e converse com Iolanda, hum? — Júlia voltou ao assunto, Rafaela levantou o olhar para ela.

— Você não vai esquecer mesmo isso, não é? — Rafaela soltou baixo.

— Não vou. Já tenho o enredo inteiro na minha cabeça, e espero sinceramente que você siga todo o script que criei— Júlia lhe deu um sorriso forçado, falava entre os dentes.

— Eu não sei qual é o script, logo, não sei o que devo seguir— Rafaela sorriu de forma travessa.

— Você sabe exatamente o que é que tem que fazer, idiota, não pise na bola dessa vez e dê uma chance para o seu coração— Júlia falou rapidamente, gesticulava um pouco.

— Eu ainda estou decidindo o que é que eu irei falar para ela, ok? Sem pressão!— Rafaela apontou o dedo para a amiga.

— Rafa, sério, Iolanda parece ser uma mulher de personalidade única, forte e independente. Parece muito ser aquilo que você procura em uma parceira, e você sabe que é super normal ser influenciada pela primeira impressão, então se joga, porra— Júlia incentivou afobada— Se não for ela, ficarei pagando o seu almoço por um mês— Esticou a mão.

— Não vamos apostar isso— Rafaela riu negando com a cabeça olhando para a mão.

— Vou lavar o seu carro por dois meses— Júlia aumentou, e mudou, a oferta.

— Uh, isso é tentador...— Rafaela sorriu maliciosamente levando a mão até o queixo.

— Mas, se for realmente ela, você terá que fazer alguma coisa se perder a aposta— Júlia a apontou.

— E o que é que eu devo fazer?— Rafaela perguntou.

— Não sei, quando você perder eu decido— Júlia respondeu como se não fosse nada, Rafaela lhe deu um olhar ofendido— E então, vamos fechar assim?— Perguntou ainda com a mão esticada.

Última Chance. | ABO - Lábris - G!P|Onde histórias criam vida. Descubra agora