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Héctor Fort

- 07 de janeiro / domingo -
- 20:30 pm -

Saio do vestiário acompanhado de Marc rindo de um vídeo que havíamos visto no celular.

Quando olho para frente vejo uma menina com um sorriso lindo em seu rosto.

Ela ria e esbanjava simpática por todos que a olhassem.

Ela estava acompanhada de Nathalia, mulher do Raphinha, e de Araújo.

Ela usava uma calça jeans clara, uma camisa do Barcelona e um tênis.

Seus cabelos cacheados e volumosos estavam soltos, o que me fazia não ver o número e nem o nome escrito nas costas.

Sinto uma ardência na minha nuca e olho para Marc que começa a rir.

- Por que você me deu um tapa, idiota? - pergunto puto.

Esfrego o local e arde muito.

- Para ver se você para de babar na menina acompanhada da mulher do Raphinha. - fala e eu o olho.

- Não tô olhando pra ninguém seu idiota. - falo e continuamos a andar.

- Não parecia. - ignoro seu comentário.

Entramos na fila para entrar em campo e comprimento as crianças que estavam do meu lado.

No jogo de hoje iríamos entrar com os filhos, mas quem não tinha podia entrar com pequenos torcedores.

Eu pego nas mãozinhas das duas crianças e começamos a caminhar para dentro do campo.

Nos ajeitamos em fileiras e cantamos o hino.

Quando terminamos, o outro time nos cumprimentou e depois foi nossa vez de fazer o mesmo com a arbitragem.

Fui deixar as crianças no início do campo e me despeço com um abraço rápido.

Me viro para voltar pro campo e vejo Raphinha entregando Gael para a menina.

Ela nota meu olhar e nossa troca de olhares foi inevitável, nos encaramos por breves segundos até Nathalia lhe chamar.

Ela desvia o olhar e vai até a mulher sumindo do meu campo de visão.

- Bora Héctor. - Raphinha me chama e fomos para o campo.

A partida se iniciou e tivemos várias chances de abrirmos o placar, mas a bola não entrava por nada.

Aos dezoito do primeiro tempo Fermín fez o primeiro gol, abrindo o placar.

O primeiro tempo acabou, fomos para o vestiário e Xavi nos deu um sermão por tantas chances perdidas.

Voltamos para o campo e quando recebi a bola em meus pés, aos cinquenta e um. Desviei do jogador adversário e jogo para Raphinha que estava com a cara no gol e ele finalizou jogando direto para dentro.

Ele comemora o gol e eu o abraço sorrindo.

Mas a comemoração não durou muito, aos sessenta um jogador do time adversário abriu o placar para eles.

Quatro minutos depois, Raphinha saiu e entrou Vitor Roque.

Aí começaram as substituições e aos oitenta e oito, Lewandowski bateu um gol de pênalti.

No último minuto, o outro time conseguiu um pênalti e marcou.

O juiz apitou o fim do jogo e eu saio do campo morto de cansado.

Barcelona 3 e Barbastro 2

Joguei os noventa minutos e não via a hora de tomar um banho.

Fomos direto para o vestiário tomar um banho e assim que terminei de me arrumar fui pegando minhas coisas para ir embora.

Vi uma mensagem da minha mãe avisando que eles tiveram que ir embora mais cedo porque teriam um jantar de amigos super importante.

Avisei que pegaria carona com um dos meus companheiros de time e ela pediu para avisar quando eu chegasse em casa.

- Pessoal churrasco na minha casa amanhã viu? - Raphinha avisou e saiu.

E eu tive que sair correndo atrás dele.

- Raphinha. - grito seu nome e ele se vira para mim.

- Fala Héctor. - fala e para de andar.

- Você consegue me dar uma carona pra casa? Meus pais tiveram que ir para um jantar na casa de uns amigos e eu vou pra casa. - falo.

- Claro que posso, Héctor. Vamos que Taia está louca para ir embora dormir. - fala e eu rio.

O acompanho até seu carro e de longe avistei Nathalia e a menina desconhecida.

- Finalmente você chegou, Raphael. - Nathalia fala em português e eu a olho confuso

Como eu sei que é em português? Porque ele, Vitor Roque e João Félix vivem falando em português.

- Calma, amor. - ele fala e eu continuo olhando para a menina ao lado da esposa dele.

Elas notam minha presença e eu aceno com a cabeça.

- Nem havia te visto, Héctor. - Nathalia fala e me dá um abraço rápido.

A menina me olha e coloca uma mecha do cabelo atrás da orelha e eu a encaro de cima a baixo.

- Ah, Héctor. Essa é a Lunna. - fala e eu me aproximo da menina.

- Héctor Fort. - fala e eu estendi minha mão.

- Lunna Macedo. - fala e aperta minha mão.

Quando nossas mãos se tocam, olho em seus olhos castanhos e ela me encara.

Ela fica envergonhada e seu rosto cora.

Afasto nossas mãos e logo Raphinha nos manda entrar no carro.

Nathalia foi na frente com seu marido, e eu fui atrás com Lunna e Gael.

Ele foi na cadeirinha atrás de Raphinha, Lunna ao seu lado e eu do lado dela.

Raphinha e Nathalia foram conversando entre si e percebi que Lunna não parava de estalar os dedos.

Quando vou puxar assunto com ela, Raphinha para o carro e percebo que chegamos na minha casa.

- Obrigada pela carona. - falo agradecendo.

- De nada, Héctor. - Nathalia fala.

Faço um toque com Raphinha, dou um beijo na bochecha de Nathalia, um na cabeça de Gael e quando vou me despedir dela a pego de surpresa.

Dou um beijo demorado na sua bochecha, ela sorri e fica toda corada.

- Até amanhã. - falo e eles acenam sorrindo.

Saio do carro e entro na minha casa. Subo direto pro meu quarto, tiro meu tênis e deixo a mochila no closet.

Tiro minha camisa branca e me deito na cama.

Assim que me deito a primeira coisa que me vem à mente é Lunna sorrindo e com o rosto corado.

O que está acontecendo comigo?

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Oii meus amores.

Espero que estejam gostando.

Comentem e votem muito, viu.

É isso, beijinhos 🩷

NOCAUTE - HÉCTOR FORT Onde histórias criam vida. Descubra agora