"Antes de responder, olho em direção a sua blusa, seus braços ainda cobrem seus peitos, mas consigo ver que está molhado, provavelmente está vazando leite, ela deve ser mãe.
--Isso na sua blusa é leite? Você já é mãe? -- pergunto tirando meu moletom e entregando a ela que pega sem pensar duas vezes.
-- Sim, senhor! É leite, mas não sou mãe -- ela coloca o moletom -- obrigada de verdade!-- o sorriso tímido que aparece em seus lábios são como a oitava maravilha do mundo.
[...]
-- Você vai para lugar nenhum. Agora você é minha!
-- Nossa! Agora você pertence a nós! -- meu irmão fala em um tom mais autoritário.
-- O que? -- sua expressão é de completa surpresa -- Sou de ninguém não. Nem conheço vocês, senhores.
-- Não seja por isso. Prazer meu nome é..."
♡ Eloisa Milazzo♡
Algumas horas antes...
--Elo, o despertar está tocando faz mais de meia hora, e eu já estou de saída -- escuto a voz de Felipe vindo de outro cômodo -- Levanta logo e não esquece de levar sua marmita.
Procuro com a mão o despertador, ainda estou com os olhos fechados, quando levanto a cabeça e tomo um susto.
--Droga! Por que não me chamou antes, Felipe?! Estou mais que atrasada. -- Grito, mas so escuto o barulho do portão fechar.
Levanto em um pulo, tomo banho, escovo os dentes, coloco a primeira roupra que encontro, pego minha mochila e vejo se está tudo certo.
Saio de casa correndo, nesse horário não passa mais nenhum ônibus, então vou até o supermercado perto de casa e vejo se encontro Daniella. Nós duas somos amigas desdo nascimento, mesmo ela sendo praticamente três anos mais velha que eu.
-- Dani! -- avisto no 5° caixa passando as compras de um cliente -- oh dani, preciso da sua ajuda urgente! -- falo tentando recuperar o fôlego.
-- O que aconteceu, mulher? Não era para você está no curso técnico agora? --Ela fala para mim ainda passando a compra do homem.
-- Sim, era. Acordei tarde, estou atrasada e preciso de você para me dar uma carona -- falo ajudando a embalar as compras, porque agora o moço me olha impaciente como se eu tivesse atrapalhando. Não que eu não tivesse.
-- Estou no meio do meu expediente. Cadê seu irmão? É ele que sempre leva você.
-- Ele já saiu. Deve ter pensado que eu não tinha aula, já que não levantei no horário -- falei olhando para o relógio de parede em cima da minha cabeça -- estou muita atrasada e hoje eu tenho uma prova.
-- Serio?! -- concordei com a cabeça -- Ok! Vou pedir para alguém me substituir. Vai lá no estacionamento e pega a minha moto.-- Ela me deu a chave e saiu da cadeira do caixa.
Desci as escadas até a garagem e avistei a moto dela. Ainda não sei andar muito bem de moto, recentemente que Dani e meu irmão decidiram me ensinar, consigo andar e sair dos lugares pilotando, mas quando tento correr, a moto trava ou eu caio, nem tento mais. Não que eu precise, Daniella e Felipe possuem as motos deles e sempre que eles podem me dão carona.
Felipe é quem eu chamo de irmão, moro com ele desde a perda de minha mãe, isso já faz mais de 5 anos. Na verdade sempre moramos juntos, mas não no mesmo teto, ele tinha o costume de ir em casa quase toda a tarde depois da escola para me levar alguma coisa ou fazer companhia.
No aniversário da minha mãe, ela saiu para o trabalho, e nós tínhamos combinado de comemorar a noite quando ela voltasse. Porém isso nunca aconteceu, demos a ocorrência do desaparecimento dela e foram dias a sua procura, mas infelizmente sem nenhum retorno.
Por causa disso, Felipe me levou para morar na casa dele, ele já era maior de idade e independente, e eu ainda iria fazer 12 anos. Com uma briga na justiça que levou quase cinco anos, ele conseguiu a minha guarda legal mesmo não sendo da minha família.
Daniella na época começou a namorar com ele, nós três acabamos indo morar no mesmo lugar porque que o pai dela tinha expulsado de casa. Hoje em dia ela mora no mesmo conjunto, mas não na casa de Felipe, já que eles terminaram o relacionamento, até que de maneira tranquila, já hoje em dia são amigos, e ela descobriu que é lésbica.
Acabo me perdendo em meus pensamentos e memorias, algumas lágrimas escorrem em meu rosto, paro a moto em frente ao supermercado, Dani sobe, me entrega o capacete e olha para mim.
-- Ei, tá tudo bem? É o aniversário da tia, não é? -- eu concordei com a cabeça subindo na moto de novo. O aniversário da minha mãe está perto, isso sempre mexe comigo e normalmente eu sempre fico melancolia durante o período. -- Relaxa! Ela deve está feliz pra caralho comemorando no céu a filha maravilhosa que deixou na terra, está se tornando uma grande mulher, Elo. Não esqueça disso, ok?
Sim, senhora! -- falo sorrimdo e nós duas rimos. Ela não suporta quando a chamam de "senhora".
-- Agora segue-se firme em mim e pare com isso, você não pode perder a concentração durante a prova -- Ela fala, e eu só consigo abraçá-la antes da moto faltar voar com a velocidade.
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Escrito:
Data 02/07/2024 🗓 21h33min 🕞• 892 palavras • 🇧🇷
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𝑼𝒎𝒂 𝒕𝒖𝒑𝒊𝒍𝒂 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝒐 𝒃𝒖𝒒𝒖𝒆 𝒅𝒆 𝒆𝒔𝒑𝒊𝒏𝒉𝒐𝒔.
RomanceApós a morte de seu pai, os irmãos Domenico, Vicenzzo, Giovanni e Anthony herdaram a empresa e as filiais da família que vem sendo passada de geração há anos, desde o momento de sua fundação a empresa permanece nas mãos da sua família de origem, os...