DIAS DEPOIS
A viagem de Giovana, Lucerito e Milena já acontecia e contou com todo o apoio de Manuel, para o desespero de Yana que sempre passava na cara do marido o fato dele ter sido preso por culpa de Lucero. Mesmo estando de coração partido por estar longe das filhas pela primeira vez na vida, a loira continuava focando no trabalho, pois mantinha contato com as duas frequentemente. Naquele dia, ela andava pelo jardim com Chantal quando seu celular tocou e ela viu que era Giovana que chamava.
− Ah, é a Gi, espera só um pouquinho. – Lucero falou sorrindo e atendeu imediatamente.
INÍCIO DA LIGAÇÃO
− Oi, minha filha, tudo bem? Como está aí?
− Mãe, está tudo tão ótimo que eu estou pensando em ficar.
− Então tem que falar com o seu pai porque eu não tenho mais dinheiro para mandar. – Lucero suspirou, perdendo a animação aos poucos. – Mas a passagem de volta está marcada para amanhã, tem como adiar? – ela passou a mão na testa.
− Eu não quero adiar, quero cancelar, estou falando em morar aqui. – Giovana enfatizou.
Lucero ficou pasma e Chantal a olhou estranhamente. Quando ela achava que estava tudo calmo, Giovana vinha com uma das suas para tirar o pouco de paz que ela tinha.
− Você está ficando maluca, Giovana?! Você é menor de idade, garota, tem escola e casa! – Lucero falou nervosamente.
− Mas existem jovens que estudam em outro país e as escolas aqui do Brasil são tão boas quanto as daí, sem falar nos pais do Rafa que me adoraram e já vão me dar abrigo.
− Você não pode morar na casa de quem mal conhece! – Lucero falou mais alto.
− Ai, mãe, mas é como se nos conhecêssemos a vida toda. Quando eu for buscar as minhas coisas, eu dou um jeito de levar todo mundo e você vai ver como eles são legais. Agora eu tenho que desligar para cancelar a passagem, até mais. – Giovana falava como se não estivesse escutado Lucero.
− Não se atreva, eu vou te buscar pelas orelhas! – Lucero berrava.
FIM DA LIGAÇÃO
Lucero só voltou a si quando Chantal tocou em seu braço e a fez perceber que vários dos seus pacientes a observavam confusos, já que não era comum verem seus médicos nervosos daquele jeito.
− Está ficando doida também, doutora? – um dos pacientes perguntou estranhamente.
Lucero suspirou. Ela nunca havia levado os problemas de casa para o trabalho, só Giovana conseguiu que isso acontecesse em anos.
− Claro que não, eu só estava brincando. – Lucero forçou um sorriso.
− Voltem às suas atividades. – Chantal falou.
Todos se afastaram aos poucos e Chantal segurou a mão de Lucero, vendo que ela se tremia e a levando até a sala em que dividiam.
− A Giovana vai me matar. – Lucero falou nervosa quando se jogou no sofá, com as mãos no rosto.
− Vendo você desse jeito, eu não duvido, calma. – Chantal falou, entregando um copo com água para Lucero e se sentou em frente a ela. – O que foi que ela aprontou dessa vez?
− Ela quer ficar lá no Brasil, morando com aquele namorado que nem conhece.
− Mas isso é loucura! – Chantal arregalou os olhos. – Calma, amiga, ela não pode fazer isso sem que você e o Manuel concordem. – ela segurou a mão de Lucero novamente.
− Parece que você não a conhece, ela é capaz de tudo para conseguir o que quer. – Lucero fez careta.
Chantal suspirou. Realmente Giovana era impossível e apesar de amá-la como sobrinha, a moça era a grande razão pela qual ela não inventava de ter filhos, pois se fossem como ela, a mulher jurava que não teria a menor paciência. Nessa hora, Eva, uma senhora muito querida e secretária da clínica, apareceu.
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Entre Dois Amores
RomanceLucero era uma mulher separada, mãe de duas jovens, Lucerito e Giovana. Além de lidar com seu trabalho estressante de psicóloga e um ex marido folgado, a bela loira também atravessava uma fase difícil com sua caçulinha Gi, uma adolescente rebelde qu...