MESES DEPOIS
Finalmente havia chegado o aguardado casamento de Lucero e Fernando. Como ela já tinha se casado na igreja uma vez, eles organizaram a cerimônia e a recepção no mesmo lugar, em um grande salão que cabia família, amigos e colegas de trabalho de ambos. Na hora marcada, a noiva entrava com um longo vestido cinza e o cabelo em um coque. Enquanto andava até Fernando, a mulher observava seus convidados, sorrindo para Romeu e Gustavo, seus netos. Foi uma grande surpresa para todos que dias após voltar para o Brasil, Giovana descobriu uma gravidez gemelar, deixando Lucero mais atarefada do que nunca para ainda se fazer presente no chá revelação e no parto da filha. A loira sorriu mais quando viu Lucerito com Bruno, um estagiário da clínica, ótimo rapaz e com um grande futuro profissional. A moça sempre se concentrou nos estudos e na mãe, por isso merecia se dar bem no amor, como todas da família. Quando enfim chegou perto de Fernando, ao invés de cumprimentá-la com um beijo na testa, ele puxou sua cintura e a beijou nos lábios, fazendo todos rirem. Essa era a realidade deles, não aguentavam um minuto perto um do outro sem se tocarem.
− Sejam bem vindos ao casamento de Lucero Hogaza e Fernando Colunga. – o juiz falou, com um leve ar de riso no rosto. – É de livre e espontânea vontade que o fazeis?
− Sim. – Lucero e Fernando falaram juntos e sorriram um para o outro.
O juiz seguiu com a cerimônia de praxe, até chegar a troca de alianças, as quais Giovana e Rafael levaram os gêmeos para entregarem, causando sorrisos em todos, principalmente em Lucero, pois além de estar com seus netos naquele momento tão importante, sua filha que costumava ser tão problemática participava de tudo de muito bom grado. Talvez fosse até por causa dela que ela havia encontrado um novo amor, mesmo sem querer ou esperar.
− Então, pelo poder da lei a mim concedido, eu os declaro marido e mulher. Pode beijar a noiva. – o juiz falou sorrindo.
Fernando esfregou as mãos, ansioso, e fez todos rirem novamente, mas logo puxou Lucero pela cintura e lhe deu um beijo apaixonado, trocando o barulho por aplausos dos convidados. Foi até melhor não ter casamento no religioso, assim eles podiam se beijar intensamente como de costume.
− Eu te amo. – Lucero falou baixinho, limpando seu batom do canto da boca de Fernando.
− Finalmente você é minha mulher e eu vou te fazer feliz todos os dias das nossas vidas. – Fernando respondeu no mesmo tom.
O casal foi interrompido pela fila que os convidados fizeram para cumprimentá-lo, alternando entre amigos de Lucero e Fernando até chegar em Chantal, outra grande apoiadora daquela relação, apesar de tudo ter começado errado também por causa dela de certa forma.
− Eu sabia que um dia, você seria fisgado por uma mulher que lhe colocasse nos eixos. – Chantal falou, rindo para Fernando, e se virou para Lucero. – E você, minha amiga, já estava na hora de também procurar a felicidade e eu sou muito grata por ter feito parte desse encontro.
Lucero e Fernando abraçaram Chantal, agradecendo rapidamente pelos votos de felicidade, pois ainda faltava muita gente para atender, a hora de conversarem por mais tempo chegaria logo. A próxima da fila era Lucerito que já vinha emocionada. Não era segredo para ninguém que ela sempre foi muito ligada a mãe e por isso era a única a conhecer seus sentimentos, ou seja, o quanto havia sofrido com Manuel e merecia ser feliz com Fernando.
− Eu pedi muito para que esse momento chegasse, que você fosse feliz com alguém que a amasse e respeitasse acima de tudo. Você merece o mundo, mamãe. – Lucerito falou com a voz embargada.
− Você sempre foi a minha melhor amiga. – Lucero abraçou Lucerito com força. – Se eu já era feliz é porque eu tenho vocês e agora eu prometo que tudo isso vai multiplicar. – ela encarou Fernando, também emocionada.
− E eu espero que você cuide muito bem dela, esse coração é de ouro e deve ser tratado como tal. – Lucerito falou para Fernando.
− Eu prometo que farei isso com a minha vida e que vou fazer valer a pena cada dia vocês terem me aceitado nessa família. – Fernando falou sério e também abraçou Lucerito.
Lucerito se afastou e os próximos da fila eram Giovana, Rafael, Romeu e Gustavo. O casal sorriu, pedindo para segurarem os gêmeos, o que foi prontamente aceito e eles logo se enroscaram no pescoço dos avós.
− Quem diria que as minhas travessuras resultariam na sua felicidade, não é, mamãe? – Giovana ria.
− Eu confesso que pensei a mesma coisa, filha. – Lucero riu. – Mas eu espero que você saiba que tudo que eu fiz e falei ao longo da vida foi para o seu bem, porque eu não posso estar feliz se você e a sua irmã não estiverem também.
− Eu sei, hoje eu entendo tudo. Se as nossas confusões e a educação que você me deu não tivessem resultado, eu não teria conhecido o meu marido e nem teria essas coisinhas lindas. – Giovana sorriu para os filhos. – Eu te agradeço por isso e quero ser para eles ao menos um terço da mãe que você sempre foi para mim. – ela respirou fundo, encarando Lucero.
Lucero ficou surpresa e se emocionou mais. Não era que não soubesse que Giovana a amava, mas sentia falta de ouvi-la falar a respeito como Lucerito fazia sempre. Ela ia responder, só que a filha acabou se virando para Fernando para não continuar a conversa, pois ainda era receosa em se abrir para a mãe.
− Um dia, eu pensei que seria eu que te apresentaria o amor, só não achava que seria dessa forma. – Giovana segurou as mãos de Fernando e Lucero. – Vocês nasceram um para o outro e eu espero de coração que passem a eternidade juntos.
− Obrigado, Giovana, e eu desejo muito ser seu amigo como sou da sua irmã.
− É claro, eu até me ofenderia se você preferisse a ela. – Giovana brincou e todos riram. – Deixem a gente levá-los para vocês ficarem à vontade. – ela estendeu os braços para pegar Romeu de Lucero.
Rafael também pegou Gustavo do colo de Fernando após os noivos cheirarem as cabecinhas dos bebês, cumprimentou o casal e saiu com Giovana. Pela próxima meia hora, os anfitriões receberam o carinho dos convidados, mas o noivo estava exausto, doido para ficar a sós com Lucero. Não era que não amasse uma farra com os amigos, mas desde que conheceu a amada, o céu para ele era estar dividindo uma cama com ela.
− Isso ainda vai demorar muito? – Fernando perguntou disfarçadamente, suspirando e mexendo as pernas.
− Vai, amor, a festa mal começou. E muito me admira você, senhor Colunga, sempre gostou da folia. – Lucero encarou Fernando, rindo.
− Eu prefiro fazer a festa sozinho com você, minha esposa. – Fernando agarrou a cintura de Lucero, beijando seu rosto.
Lucero sorriu, virando o rosto para beijar os lábios de Fernando. Ninguém diria que uma relação que tinha tudo para dar errado, na verdade, ensinou a ambos sobre o que era o amor. Para o homem, não existia outra pessoa que ele desejasse mais do que sua mulher, e quanto a ela, não precisava mais viver entre dois amores se finalmente havia conquistado tudo que merecia ter.
FIM
~ * ~
Fernando e Lucero se casaram, Giovana se tornou mamãe e todos terminaram felizes!!!! 😍
Obrigada pela companhia de sempre, fico muito feliz que vocês gostem literalmente de cada maluquice que sai da minha cabeça 😂♥️
Ainda não comecei a escrever a próxima, mas pretendo fazer logo, então até breve 😍
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Entre Dois Amores
RomanceLucero era uma mulher separada, mãe de duas jovens, Lucerito e Giovana. Além de lidar com seu trabalho estressante de psicóloga e um ex marido folgado, a bela loira também atravessava uma fase difícil com sua caçulinha Gi, uma adolescente rebelde qu...