Capítulo 17: Dia dos Namorados

54 4 0
                                    


Sábado, 13 de fevereiro de 1999

Harry aparata em Hogsmeade, onde a neve recém-caída cobria o chão e os telhados das casas com um manto branco. Ele ajusta seu casaco para se proteger do frio e olha ao redor, sentindo a nostalgia familiar do lugar. Era o Dia dos Namorados, e ele estava ansioso para encontrar Ginny, que estava esperando por ele na Casa de Chá Madame Puddifoot.

Enquanto caminha pelas ruas tranquilas, Harry observa os alunos de Hogwarts e outros visitantes aproveitando o dia festivo. A Casa de Chá estava decorada com guirlandas vermelhas e corações, criando uma atmosfera acolhedora e romântica. Ele entra e logo avista Ginny em uma mesa ao canto, sorrindo quando seus olhos se encontram.

"Ginny," diz Harry, aproximando-se e beijando-a suavemente no rosto antes de se sentar. "Feliz Dia dos Namorados."

"Harry," responde Ginny, seus olhos brilhando de alegria. "Estou tão feliz que você veio."

Os dois passam a manhã juntos, compartilhando histórias e risadas enquanto saboreiam chá e bolos. A conversa flui facilmente entre eles, como sempre acontecia quando estavam juntos.

Depois do chá, Harry e Ginny decidem passear por Hogsmeade, aproveitando o clima frio e a paisagem encantadora coberta de neve. Eles visitam a Dedosdemel para comprar alguns doces e depois param nos Três Vassouras para uma caneca de cerveja amanteigada, aquecendo-se perto da lareira.

"Eu me sinto importante com todos me olhando. Acho que hoje eu estou muito bem vestida," diz Ginny, enquanto eles caminham de volta pela rua principal de Hogsmeade.

"Na verdade, você é lindíssima. Não é de se surpreender todos os olhares," responde Harry de forma divertida. O fato de atrair olhares por onde passasse sempre o deixava desconfortável, mas a forma que os irmãos Weasley sempre faziam questão de transformar essa situação em algo divertido o deixava feliz.

Ginny sorri, segurando a mão de Harry enquanto continuam caminhando. Eles param em frente à loja de artigos de bruxaria Zonko's e Harry não consegue resistir em comprar uma caixa de fogos de artifício para eles experimentarem mais tarde.

À medida que o sol começa a se pôr sobre Hogsmeade, a tarde começa a esfriar mais, então Harry sugere que eles passem na Casa dos Gritos, que estava silenciosa e tranquila, oferecendo um lugar para eles trocarem presentes longe das multidões.

Ginny, tímida, entrega a Harry um pequeno pacote. "Espero que goste," diz ela.

Harry abre o pacote e encontra um cachecol feito à mão, nas cores de Gryffindor. "Ginny, é perfeito. Eu adorei," diz ele, puxando-a para um abraço apertado.

"Agora é a minha vez," diz Harry, entregando a Ginny uma pequena caixa de veludo. Dentro, há um par de brincos em formato de coração verde que combinava perfeitamente com o colar que ela a havia dado de presente no seu aniversário.

Ginny fica boquiaberta, seus olhos se enchem de lágrimas. "Harry, é lindo... mas é muito caro. Você precisa parar com os presentes caros."

"Você merece o melhor, Ginny," responde Harry, segurando suas mãos. "Quero que você sempre se lembre do quanto significa para mim."

Eles se abraçam novamente, sentindo a profundidade do amor que compartilhavam. A troca de presentes não era sobre o valor material, mas sim sobre o carinho e a consideração que tinham um pelo outro.

À medida que o sol começa a se pôr sobre Hogsmeade, Harry e Ginny caminham de volta para os portões de Hogwarts, de mãos dadas e corações aquecidos pelo amor que compartilhavam.

"Você vem pra final da Copa de Quadribol?" pergunta Ginny, dando-lhe um beijo suave assim que eles chegam no portão de Hogwarts.

"Eu jamais perderia," responde Harry.

Os dois se despedem com um beijo intenso e Harry permanece no portão até que ela desapareça no caminho. Harry aparatou de volta ao seu apartamento feliz por saber que aquele era o último Dia dos Namorados que eles passariam afastados.

Até o AltarOnde histórias criam vida. Descubra agora