O Melhor e Pior Verão

06 | Ravi

Ravi's pov

— Bom dia senhor Ravi, a senhora Raquel pediu para chamar você para o café — disse a auxiliar de residência entre a porta e a parede do quarto.

— Bom dia, chame-me Ravi apenas — respondi. — E qual é o seu nome?

— Amanda — respondeu simpática.

— Ok já desço — afirmei deixando meu celular e indo ate a sala.

— Bom dia — desejou Raquel quando me viu chegar.

— Bom dia — respondi.

— O que quer comer? Tem ovos mexidos, se preferir estrelados é só ir para a cozinha pedir para Amanda fazer, e também tem bolo de chocolate.

— Está bem, mas vou comer pão e queijo.

— Só isso? Tem tanta coisa deliciosa — perguntou metendo um garfo com fatia de bolo na sua boca.

— Mais tarde eu como.

— BOM DIA, FAMÍLIA!

— Bom dia querido — respondeu Raquel.

— Bom dia, p-pa-pai — respondi com um sorriso, e o meu pai retribuiu o sorriso. Eu sentia-me mais leve depois da conversa com Théo naquele dia. Não é possível que eu esqueça tudo sobre o passado, mas planeio colecionar memórias maravilhosas com o meu pai no presente e no futuro, e talvez as memórias tristes do passado percam a sua força na minha mente.

— Como foi a sua noite, filho? — perguntou enquanto se sentava.

— Dormi bem, quase não dormi passei a noite lendo — respondi.

— Ah, já me estava a esquecer. Está gostando dos livros?

— Estou.

— Foi difícil escolher eles, tive que perguntar na livraria quais são os livros que os adolescentes mais lêem ultimamente. —  disse. E do quarto?

— Também gostei bastante.

— Desde criança sua cor favorita sempre foi azul.

— Sim — respondi sorridente.

— Filho — disse meu pai chamando a minha atenção. — preciso te dar uma notícia —  continuou. Precisamos te dar uma notícia - corrigiu, pegando na mão da Raquel que estava ao seu lado.

Não reagi, fiquei quieto esperando as que ele falasse.

— Você vai ter um irmão — revelou Raquel deixando transparecer a sua felicidade.

— Ou irmã — disse meu pai.

Naquele momento, eu senti uma mistura de emoções, mas a emoção que era mais presente era a de felicidade.  E espero que seja uma menina.

— Wow, parabéns Raquel — falei levantando-me para dar um abraço nela.

— E o meu abraço? — brincou o meu pai, entre gargalhadas de felicidade.