Théo's pov
Acho que está tudo pronto. Fechei a pequena mala e coloquei a mochila nas costas.
— Theo só falta você... filho? — minha mãe gritou do andar de baixo.
— Já estou indo.
Antes de eu fechar a porta atrás de mim, virei e olhei cada centímetro do meu quarto. E como sempre, no fundo esquerdo, a cabeceira estava lá. Soltei o cabo da mala e dei passos até a cabeceira, peguei meu diário dos desejos e a câmara fotográfica e o carregador — provavelmente terei que carregá-la todos os dias. Quero registrar cada momento deste verão. Passei o cordão da câmara pelo pescoço.
— FILHO.
— Estou a descer.
As rodinhas da mala produziam uma melodia suave enquanto eu a arrastava.
— Finalmente — disse Diego me vendo da janela enquanto eu colocava a mala no porta-malas do carro.
O motor do carro rugiu enquanto eu me sentava no banco de trás com a Sara.
— A câmara — admirou minha mãe vendo a câmara fotográfica no meu pescoço.
Passei a mão na câmara levemente, acariciando-a.
— É, eu decidi levá-la.
O caminho para a casa de Sintra começou, e meu olhar foi para fora do carro. Esta viagem está parecendo um sonho, porque eu não posso acreditar em duas coisas.
A primeira é que estamos a viajar para a casa de verão sem o meu pai, isso parece tão irrealista.
A segunda é que ele estará lá. Eu gosto de ficar perto dele, acho que é assim que grandes amizades surgem.
Puxei uma mecha do cabelo da Sara.
— Ei... o que tanto faz nesse celular? — perguntei.
— Estou a pesquisar por salões chiques em Sintra — falou virando a tela do celular para mim. — Eu não vou ficar quase 3 meses sem ir ao salão.
— Você se preocupa demais com isso Sara — disse David no banco da frente.
Minha mãe tirou a atenção do volante e olhou para trás.
— Deixa ela, é a época dela de se preocupar com isso — deu razão à Sara e, em seguida, fixou o olhar na estrada.
Sara ergueu o dedo do meio para David, e ele devolveu o ato. Como sempre, eu me pus a rir da situação.
...
Já estamos há duas horas na estrada. Abro um sorriso quando avisto a praia. Abaixo o vidro do carro por completo e coloco a minha mão para fora. A brisa bate forte contra a minha pele, e dava para sentir o cheiro da água salgada invadindo as minhas narinas. Sinto-me livre. Fechei os olhos e deixei o sol queimar a minha pele.
— A gente já chegou? — perguntou Sara.
— Não — falei me recompondo no carro, mas ainda com os olhos no mar.
Ela ergueu a sobrancelha.
— Mas aqui não é Sintra?
— É — concordei. — Mas a casa de verão fica numa zona mais isolada, um pouco longe daqui.
— Será que é o que eu estou a pensar? — Supôs. Fiz uma careta demonstrando dúvida. — Tipo no meio do nada?
Balancei a cabeça.
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O Melhor e Pior Verão
أدب المراهقينEram férias de verão normais, mas se tornaram o pior pesadelo e o melhor sonho de Théo, Sara e Ravi. Foi "O Melhor e Pior Verão". Após a perda do pai há um ano, Théo enfrenta desafios na sua jornada de autodescoberta e problemas com suas amizades. ...