03 | Sara

241 38 365
                                    

Sara's pov

Sentada na penteadeira escovando meu cabelo após uma secção de skin care minha mente viajou dois meses atrás quando conheci Álvaro.

Álvaro é pai da minha colega valentina, em um trabalho de pesquisa em duplas eu formei com ela. fizemos o trabalho na sua casa onde começou tudo. estavamos quase finalizando o trabalho quando seu pai entrou no quarto oferecendo nos um lanche, estávamos enfiadas no quarto há 3 horas é o mais normal que um pai poderia fazer, quando o vi na primeira vez segurado uma bandeja com dois copos de leite e uma tigela de biscoitos parecia um homem qualquer, mas duvidei quando nossos olhos se uniram era como se o tempo tivesse parado para podermos ter aquele contacto visual. 

Ele deixou a bandeja e saiu, claro que Valentina me apresentou ao seu pai.
Prazer Sara eu sou o pai da Valentina — essas foram as primeiras palavras que vi sair daqueles lábios que atraíam os meus. não sei porque uma garota de 17 anos, rica e bonita com tantos meninos querendo ela desprezaria todos esses meninos mas um pai de família chamaria sua atenção.

Lembro que acabamos de fazer o trabalho quando eram 18 horas, e estava um dia chuvoso e Valentina como uma boa colega foi perguntar para seu pai se ele poderia me acompanhar para casa, eu poderia pedir para o meu pai mandar um motorista ou até mesmo chamar um táxi mas eu queria estar por perto de Álvaro.

 Recordo que quando ele me acompanhava para casa ele dirigia silenciosamente como se estivesse sozinho em seu carro e naquele momento eu tirei o sinto de segurança e me dirrigi até ao seu ouvido. Porque não me olha? - Essa pergunta o fez parar o carro sem entender nada. Ele ficou quieto e eu me aproximei da boca dele e o beijei. Ele não aceitava o beijo e também não recusava, ele apenas ficou paralisado, tentando conter a tesão. Depois de ter dado um selinho nele, voltei a sentar devidamente. Ele ficou me encarando por alguns segundos. Sem nenhuma palavra, ele voltou à estrada, dirigindo silenciosamente. Continuou dirigindo por alguns minutos, e o carro parou. Olhei pela janela e era minha casa. Os seguranças ao verem um carro desconhecido em frente, imediatamente apontaram armas para o carro. Peguei uma caneta em minha mochila rasguei um papel do meu caderno e anotei meu número e deixando o papel em ao seu lado. A expressão dele era única e a mesma, a de confuso. 

No dia seguinte recebi uma mensagem dele me convidando para passar mais tempo com ele o que era impossível porque meu pai me controlava insuportavelmente. então eu fiz a minha maneira quando a mulher dele não estava em casa e a valentina estava onde eu também tinha que estar, — na escola — mas eu ia para casa dele e ficávamos juntos grudados e por vezes transavamos.

Zzz zzz zzz — Meu celular que estava em cima da penteadeira vibrou me trazendo para realidade. —  Olhei para a tela e era uma mensagem do Álvaro.

— O que acha de passarmos um final de semana fora da cidade? — não respondi levantei e sai do quarto.

Meus pais não estavam em casa, então para não ter um dia aborrecido, liguei para Théo.

— Em trinta minutos estarei aí — disse Theo finalizando a chamada.

Tomei café, depois voltei para o meu quarto.

— Sara — disse Théo, abrindo a porta — Lembra que você ainda não me contou sobre seu novo namorado? — perguntou em seguida antes mesmo de se sentar.

— Senta aí que vou contar pra você —  respondi, e Théo se deitou ao meu lado na cama.

— Quero que me fale com todos os detalhes.

— Ele se chama Álvaro.

— E? — perguntou ele, esperando mais informações. — Onde o conheceu?

— Isso não importa agora.

— O que foi? Não confia mais em mim? — insinuou mudando sua expressão.

— É que eu não quero falar disso agora.

— Lembra da promessa, cadeado fechado? Nós confiaríamos um ao outro e guardaríamos nossos segredos.

— Eu sempre confiei em você e ainda confio.

— Sara —  disse Theo chamando minha atenção. — Eu ainda acho que isso é muito arriscado, ele pode ser um sequestrador, um abusador, e você pode estar caindo numa manipulação dele — acrescentou como se estivesse suplicando para que eu terminasse com Álvaro.

— Théo, você não vai me dizer que você acreditou, é tudo brincadeira — Eu disse tentando dar o sorriso mais natural.

—Eu havia acreditado — respondeu Théo também em risadas.

E foi assim que eu abri o cadeado fechado. Sempre confiamos um ao outro, mas eu quebrei esse lema. Théo sempre foi meu porto seguro para tudo e também meu aliado, mas naquele momento eu quebrei nossa aliança.

Ficamos conversando sobre outras coisas e deixamos para trás o assunto de Álvaro, que Théo acha que foi tudo brincadeira. Mas - ter manipulado ele não faz de mim uma péssima amiga. - Eu só quero protegê-lo disso.

20:17

Anoiteceu e Théo já havia indo embora eu ainda estava no meu quarto. Estava a pensar na ideia que Álvaro mandou por mensagem, parece impossível passar um final de semana com ele fora da cidade, eu vou ter que inventar muitas mentiras. Parece impossível mas, - nada é impossível para mim.

— Boa noite filha. Como foi seu dia? — falou minha mãe entrando no quarto e sentando se ao meu lado na cama pegando no meu cabelo.

— Foi legal. E como foi o seu dia no trabalho?

— Cansativo.

Minha mãe trançava meu cabelo com carinho.

— Eu lembro de quando você era criança. Você sempre foi diferente das outras — começou. —  Você não parava em um lugar só, você gostava de se aventurar. Você era uma criança amável, ao mesmo tempo inquieta — falava com um sorriso e amor em suas palavras. E eu dava leve sorrisos.

— Eu lembro de uma palavra que você sempre dizia quando fazia algo de errado. Você dizia eu não sigo regras, eu faço minhas próprias regras.

E eu lembro daquela vez que Sara queimou a mochila do coleguinha no terceiro ano — disse meu pai nos olhando da porta.

— A quanto tempo está aí? — perguntou minha mãe.

— O tempo suficiente para perceber que realmente nossa filha cresceu. E o melhor tomou juízo — explicou em meio gargalhadas.

— E que história é essa de eu ter queimado uma mochila — perguntei. 

— Eu lembro — disse minha mãe rindo. — A professora disse que o menino chamou você de mimada, e no dia seguinte você foi para escola com um isqueiro e ficou esperando todos saírem para o intervalo...

— E quando você ficou sozinha na sala, você queimou a mochila e os cadernos do menino —  Finalizou meu pai.

— Ele mereceu — Eu disse e todos rimos.

— Vamos jantar — aludiu minha mãe.

[...]

[...]

Comentem oque acharam da Sara.

Não esqueçam de votar.

ATÉ O PRÓXIMO CAPÍTULO...


O Melhor e Pior VerãoOnde histórias criam vida. Descubra agora