Capítulo 7

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Fim de semana foram os dias que eu dormi na casa de Dante, com a família dele lá (!!!!) Eles estavam muito contentes que ele estivesse finalmente namorando.

Ficaram tão felizes em ver que o filho estava namorando que nem ligaram quando me viram de mochila e tudo na porta da casa deles para meu primeiro dia naquela abençoada casa.

Aleluia, irmãos!

Veja bem, Dante não era um cara feio, muito pelo contrário, ele era bonitão. O vi sem camisa assim que pus o pé no tapetinho de boas vindas do lado de fora da casa dele. Seu torso era definido. Seu peito estufado.

Confesso que perdi o ar

- E aí, meu bem. - Ele disse assim que me viu me cumprimentando com um selinho.

- Oi! Cadê seus pais? - Perguntei, curiosa para conhecê-los. Ele deu de ombros e me olhou com uma carinha de cãozinho abandonado.

- Estão no supermercado. Foram comprar nosso almoço. - Acenei positivamente com a cabeça enquanto entrávamos no apartamento. Ele fechou a porta atrás de si e começou a andar comigo rumo ao quarto.

O quarto dele era todo moderno, com luzes de LED, caixas de som e um computador enorme.

- Por acaso você é desses que faz streams de jogos? - Perguntei.

- Não. Só tenho estilo mesmo. - Eu ri e ele riu, mas foi aquela risadinha sem graça onde ele coçava a parte de trás do pescoço.

- Então... - Eu disse derramando a torta de climão. - Você vai querer fazer o que hoje?

- Eu queria te mostrar como está indo nossos trabalhos. - Dito isso ele se sentou na mesa do computador e começou a mexer o mouse para a luz da tela se acender. Me sentei na cama, atrás dele e observei. A tela do computador dele era do filme Pulp Fiction do Quentin Tarantino, mais precisamente a foto icônica da Uma Thurman na cama fumando seu cigarrinho.

Não esperava isso dele, para ser sincera esperava uma foto do Coringa de Joaquin Phoenix ou de alguma banda de Metal.

Me surpreendi ainda mais quando ele colocou o spotify e a música que começou a tocar era Every Breath You Take do The Police.

- Que bizarro... - Ele disse.

- O que? - Questionei sem entender.

- A música. - Começamos a rir enquanto ele abria o VPN e logo em seguida uma tela preta de códigos. Ele digitou rapidamente, como na cafeteria e logo uma tela menor apareceu, uma tela de celular.

- É isso que ela está acessando agora. - Ele disse enquanto o aplicativo de Instagram dela aparecia. Ela estava vendo a própria timeline.- Mas eu fui além, eu consegui as senhas dela do TikTok e acesso remoto ao Whatsapp dela.

- Esse é meu garoto! - Eu disse enquanto abraçava ele por trás. A tela que aparecia no computador era a tela preta, e como estávamos num quarto escuro, iluminados apenas pela luz neon, eu pude ver o reflexo da expressão dele no computador.

Ele estava com um sorriso bobo no rosto, confesso que aquilo me preencheu de um jeito estranho. Eu acho que ninguém tinha falado assim com ele, nem os próprios pais.

Também né, quem vai incentivar o próprio filho a hackear os outros?

- Bom... - Ele finalmente falou quando eu o soltei. - Esse é o Instagram dela. Foi fácil de acessar, porque ela não tem verificação de dois fatores, o que não fez alarde quando eu acessei.

- Entendi... - Eu respondi, mas eu não tinha entendido nada. - Vamos ver as conversas.

Ele olhou para trás e deu um sorriso malicioso.

Stalker - ATO I [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora