Acordo em uma cama grande, com mobílias antigas mas bonitas ao meu redor, uma janela grande aberta, a luz do sol iluminando o quarto. As folhas de uma árvore grande balançam do lado de fora, e me sento na cama, confusa.
Eu estava em um carro, mas agora estou em uma cama? Me levanto e vejo estar de camisola, com um curativo em meu braço esquerdo.
Ele arde um pouco, mas não como antes.
Ando até uma porta e a abro devagar, vendo um corredor não muito grande com alguns vasos grandes com flores em cima de algumas mesas por ele.Fecho a porta devagar e começo a andar, vendo alguns quadros de formas abstratas nas paredes e outros de por do sol em uma terra verde.
Sinto que já andei por estes corredores... não, andei não... corri.
No fim do corredor vejo uma grande escada e logo desço por ela. Escuto um murmúrio vindo de uma sala ao lado, como se fosse uma conversa e a cada vez que me aproximo consigo entender melhor.
- O que a mulher disse sobre o senhor dessa casa quando chegamos?- escuto uma voz perguntar e quando espiono pela porta, vejo um garoto loiro um pouco mais velho que eu sentado em um sofá, e ao seu lado uma garota pequena de cabelos curtos.
Em uma poltrona com a mão apoiando a cabeça está uma garota mais velha de olhos azuis que logo o responde.
- Que ele já não tem tempo pra cuidar de crianças pois trabalha muito e temos sorte de ele ter concordado em nos deixar passar o tempo aqui. Pelo menos até tudo terminar.
A garotinha suspira com tédio e olha pro loiro, mas então ela me vê a se endireita.
- Tem uma garota aqui!- todos olham pra mim e saio de trás da parede, ficando parada na entrada da sala.
- Você é a neta do professor Digory Kirke, não?- A garota de olhos azuis pergunta e então percebo onde estou.
Estou na casa de meu avô!
Do nada sinto algo esbarrar em mim e me viro vendo um garoto me olhando com a testa franzida.- Quem é você?
- Ela é a neta do professor Digory Kirke!- diz a garotinha animada.
- Ele tem uma neta?- questiona o garoto do meu lado.
- Você não ouviu nada do que a empregada sinistra disse?- questiona o loiro.
- ela disse alguma coisa?
Todos suspiram e o garoto me olha estranho, se sentando em uma poltrona em seguida. De repente um grito ecoa pela casa e a Srt. Maconagol desde as escadas correndo e quando me vê arregala os olhos correndo até mim.
- Óh céus!!! Graças a Deus você está bem!! Como a senhorita faz uma coisa dessas?! Você levou um tiro Diana!!- diz com a mão no peito e sorrio por vela novamente.
- UM TIRO?!!- todos dizem me olhando chocados.
- Mas a senhora disse que ela estava machucada, não que levou um tiro!- diz o loiro chocado.
- E um tiro é o que?- pergunta Srt. Maconagal.
- Uma quase morte.- retruca o moreno que esbarrou em mim. Srt. Maconagal me analisa preocupada, ignorando eles e a abraço.
- Eu senti sua falta. Voce sentiu a minha?- digo e sinto seus braços em torno de mim.
- Ora essa. Eu não tenho tempo para sentir falta de uma pirralha como você.- sorrio e me afasto a vendo arrumar sua roupa envergonhada.
- Você mente muito mal mortícia!
- Já lhe disse que não aprovo este linguajar pra cima de mim mocinha!
VOCÊ ESTÁ LENDO
As Crônicas de Nárnia
FantasyOs pais de Diana morreram durante a guerra, na sua frente, mas ela não pôde fazer nada. Então, foi levada para a mansão de seu avô depois de muito tempo. Lá, ela conhece 4 irmãos que estão se abrigando da guerra também. Durante uma tarde jogando ba...