𝘾𝙖𝙥𝙞́𝙩𝙪𝙡𝙤 01

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- Capítulo 01: O calor da vida

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- Capítulo 01: O calor da vida. -


O sol raio no horizonte, os animais selvagens com sua doce melodia acordava a mãe natureza. Ao longe no Pantanal, uma Tapera, um lugar cheio de paz e tranquilidade, mesmo com sua aparência simples, o lugar se tornava o mais lindo em todo o mundo. Uma mulher de cabelos longos carregava um balde na mão, o mesmo cheio de água, ela o deposita no chão e vai até a janela da casa.

- Ora cadê essas meninas? - seu olhar curioso observava o horizonte em busca de algo. - Juma! Vem logo menina!

O grito de Maria ecoou pelo campo.
Mais na frente do campo frente dois cavalos, elas galopavam em alta velocidade, mas um deles parou, em cima deles, Juma Marruá, a garota tinha um sorriso alegre no rosto e se aproximou da mãe que estava na janela. A morena desceu do cavalo e correu até Maria.

- Oiah mãe! Tá vendo? Ruby aprendeu a anda a cavalo. - a garota estava radiante de alegria.

- Tô vendo, Juma. Mas tá na hora de come, chama ela e toma cuidado. - o sorriso cresceu em seu rosto e voltou para seus afazeres.

Juma deixou um aceno para a mulher e correu para ver onde estava Ruby, a garota que galopava com graça e tranquilidade. Não demorou para acha-la, seus olhos brilhavam de felicidade.

Os cabelos de fogo refletindo a luz do sol, seu sorriso largo, seus olhos verdes cheios de vida. O vento balançava seus cachos com graça e delicadeza, sua beleza atraia o olhar da mãe natureza, a brisa da tarde sempre foi sua favorita. Ruby cavalgava com seu fiel companheiro, um alazão de pelagem avermelhada, que corria pelo campo de forma veloz.

- Ruby! Vamo, tá na hora de ' cume! ' - gritou Juma do outro lado.

A ruiva virou o rosto em sua direção. O campo se estendia à sua volta, a grama baixa acariciando as patas do cavalo enquanto ele galopava com vigor. A garota segurava as rédeas com firmeza, guiando o alazão de volta para casa, o vento soprando em seus cabelos enquanto ambos se moviam em harmonia pela paisagem tranquila.

Assim que já estava perto de Juma, a ruiva desceu do cavalo e o puxou pelas rédeas até uma árvore próxima, alí ela o deixou, debaixo da sombra fresca.

- ' Cê viu? ' Aprendi, Juma! Aprendi a andar de cavalo! - a ruiva saltava de felicidade, enquanto a morena se aproximava.

- Vi Ruby, mae tá chamando pra come. Mas tô feliz demais! Mãe também deu um sorriso quando viu. Vamo? - a garota compartilhava de sua felicidade com a ruiva.

As garotas estavam caminhando para dentro, Ruby soltava um suspiro de alívio. Sentiu o cansaço depois da correria com os cavalos.
Maria terminava de esquentar o arroz assim que suas filhas pisará em casa. Ela se virou com um grande sorriso.

- A bóia tá pronta! - a mulher falou alto e as garotas soltaram risos.

Juma foi a primeira a pegar o prato e se servir, o aroma do almoço estava no ar. O arroz, recém-cozido, liberava uma fragrância suave e acolhedora. O feijão, com suas notas terrosas, parecia convidar Ruby para a mesa. E a carne, temperada com ervas e amor, exalava um perfume que fazia sua boca salivar. Tudo sempre muito bem preparado.
Ruby também não perdeu a vez e foi logo se servir.

🍂

O dia estava em paz, o som da natureza acalmava o ambiente. O silêncio da brisa suave e o calor do sol invadindo a sua pele, Ruby sempre gostou dessa sensação, desde pequena, seus pensamentos voaram longe. Estava perdida em seus próprios pensamentos. Isso até uma garota de cabelos ondulados pular em cima da ruiva distraída.

- Aih Juma! Pra que isso? - com o impacto, as garotas rolaram no chão, isso enquanto Juma soltava risos.

- Tava distraída, o cê tava pensando? - a morena perguntava curiosa.

- Nada, só aproveitando o tempo. Acho que em algum momento pensei em mãe. Sinto saudade. - seu olha triste vagou pelo horizonte.

- Eh, tia Sol faz falta. - Juma se aproximou e apoiou a cabeça no ombro da ruiva. Uma maneira de consolar.

Ruby e Juma estavam com as pernas cruzadas sobre a grama, compartilhavam um momento de serenidade à beira do rio. O Pantanal se estendia à sua volta, uma vastidão de verde e azul. A grama baixa, acariciava suas peles enquanto elas se sentavam.

O sol da tarde lançava reflexos dourados na água, que corria suavemente, como um abraço líquido. As árvores ao longo das margens balançavam preguiçosamente, suas folhas sussurrando segredos antigos. O ar estava impregnado com o cheiro da terra úmida, das plantas e da vida que pulsava ao redor.

Ruby observava os pássaros que mergulhavam no rio em busca de peixes, suas asas cortando o ar com precisão. Juma, ao seu lado, sorria, os olhos semicerrados contra o brilho do sol. Elas não precisavam de palavras; o silêncio era eloquente o suficiente.
E assim, sob o sol radiante e o abraço do Pantanal, as duas amigas permaneceram, imersas na quietude e na harmonia da natureza. O mundo parecia suspenso, e o tempo, irrelevante. Era um daqueles momentos que ficariam gravados na memória para sempre.

◌◦𝙐𝙢 𝙇𝙤𝙗𝙤 𝙑𝙚𝙧𝙢𝙚𝙡𝙝𝙤 - PANTANAL ᠂◞Onde histórias criam vida. Descubra agora