━━──🍂── ◌◦Ruby é uma mulher que cresceu longe da civilização, com uma estranha magia correndo por suas veias. Ela é a única herdeira de uma longa linhagem antiga. Após ser acolhida pela família Marruá, Ruby finalmente encontra um novo lar, mas a do...
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- Capítulo 12: Te observo de longe. -
Finalmente. Ruby só conseguia pensar em uma coisa, finalmente poderia se livrar daquele maldito peão. Pelo menos é dessa maneira que estava pensando, isso, até ver o homem de cabelos compridos se aproximar com sua montaria.
Um bufar saiu pesado e não resistiu em revirar os olhos com irritação.
Ele estava prestes a se pronunciar, antes mesmo de abrir a boca, foi interrompido pela voz que ecoava pelo pátio.
- Aoh peão! É esse cavalo forte aqui? - o homem admirou. A ruiva parecia até perdida sentada no lombo do cavalo.
Faísca é uma égua grande, forte e muito bem cuidada, um cavalo que exalava beleza e confiança. Tadeu, o filho do patrão, tinha gosto de olhar aquela alazã. Ele se aproximou dos dois, seus olhos azuis - quase verdes -, brilhando enquanto observava o animal.
Ruby apenas ficou em silêncio, sem paciência para mais uma conversa com Trindade. Tadeu, no entanto, a salvou dessa situação.
- Posso tocar ela? - perguntou ele. Ruby apenas confirmou com a cabeça.
Tadeu estendeu a mão para Faísca, mas antes abaixou a cabeça em respeito, mostrando que não iria fazer mal. A égua apenas aproximou o focinho da mão de Tadeu, que abriu um sorriso ao sentir a confiança do animal.
- Óia! Normalmente ela é bruta. Gosto do cê. - um pequeno sorriso surgiu em seu rosto. Faísca sentia a bondade do homem de cabelos encaracolados.
Trindade observava a cena, montado em seu cavalo, com um leve sentimento crescendo em seu peito. Seus olhos, antes brilhantes de alegria, agora estavam ligeiramente semicerrados, acompanhando cada movimento de Tadeu enquanto ele se aproximava de Ruby e Faísca.
Ele apertou as rédeas com um pouco mais de força do que o necessário, os nós dos dedos ficando brancos. Seu cavalo, sentindo a tensão, mexeu as orelhas inquieto. Trindade tentou relaxar, mas não conseguiu desviar o olhar da pequena interação.
- Oh Tadeu, vamo achar um canto bão pra égua da moça! - o peão violeiro chamou atenção para si.
Não demorou muito para eles seguirem em direção ao curral para deixarem os cavalos e separar um cantinho especial para Faísca.
Ruby, com sua postura confiante, guiou Faísca até um espaço reservado, onde a égua poderia descansar confortavelmente. Tadeu tentava ajudar, admirando a beleza e a força do animal. Trindade, por sua vez, mantinha-se um pouco afastado, mas atento a cada detalhe. A ruiva preferia fazer tudo sozinha, mantendo Tadeu a uma distância segura. Embora ele parecesse uma boa pessoa, ainda era um homem desconhecido para ela. A mulher não estava gostando tanto daquela aproximação repentina.