Capítulo XI

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- Bom dia, Juliette.   Vou buscar-te dentro de momentos.  Manda-me a tua morada.

- Bom dia Vicente.  Estou quase pronta.

Juliette olhava-se ao espelho e gostava muito do que via.  O vestido ficou maravilhoso.   Exactamente como imaginou.  Optou por apanhar o cabelo porque o vestido assim o exigia.  Ela própria fez a sua maquilhagem.

Terminou de se arrumar e logo chegava Vicente.  Tal como ela pensava, vinha elegantemente vestido.

- Uau!  Que gato!  Parabéns, estás muito lindo.

- Linda estás tu.

- Gostas do vestido?  Fui eu que desenhei.

- Sério?  Está muito bonito mesmo.  Devias apostar nessa àrea.

- Quem sabe, vamos?

Foram no carro de Vicente, um Porche preto

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Foram no carro de Vicente, um Porche preto.  Juliette não mostrava mas estava muito nervosa.

- Conta lá a verdade sobre este convite.

- O meu ex está lá e eu quero que ele veja que superei.

- Mas não superaste.

- Pois não,  mas não quero mostrar.

- Devo agir como teu namorado?

- Não precisamos fingir intimidade.  Seremos naturais.

- Depois mostra-me quem é e deixa o resto comigo.

Logo depois chegaram ao estacionamento da capela onde ia decorrer a cerimónia religiosa.  Vicente estacionou o carro em frente à capela e Juliette olhou para os convidados que já se encontravam na entrada.

- Olha, é aquele de terno cinza.

- O de barba?

- Sim.

- Que gato!  Pena que eu gosto muito do meu Tó.

- Sem chances, Vicente.   O Rodolffo é muito hétero.

- Vamos lá dar espectáculo.  Deixa eu abrir a tua porta.

A chegada do Porche despertou a curiosidade da maioria dos que estavam na porta da igreja.  Todos queriam saber quem chegava.

Vicente ajeitou o terno, contornou o carro, abriu a porta e deu a mão a Juliette para a ajudar a sair.
A seguir ela segurou o seu braço e caminharam em direcção à capela.

Juliette e Vicente cumprimentaram todos com um boa tarde e dirigiram-se a um grupo onde estavam alguns dos seus amigos.

- Que elegante, Juliette!  Quase não te conhecíamos.

- Como estão.  Deixem apresentar-vos o Vicente.

Rodolffo estava com Sérgio um pouco mais afastado.  Sérgio tinha ido com a namorada mas esta estava a conversar no outro grupo.

- Conheces o tipo, Sérgio?

- Não.   Nunca o vi por estes lados, mas deve ser fino.  Viste o carro dele?

- Vi.  Ela está tão linda.

- Dói, não é amigo?

- Dói, mas se ela estiver feliz é porque valeu a pena.  Olha a diferença entre eu e ele.  Bom carro, roupas caras.  Ela parece uma princesa.

- Nem sempre isso é sinónimo de felicidade.  Vocês tinham pouco e eram felizes até tu te encantares pela Lurdes.

- Se arrependimento matasse...

- É tarde amigo.   Ela parece-me bem feliz.  Vou lá ter com a minha namorada.  Vens?

- Estás doido?  Fico por aqui.

Sérgio dirigiu-se ao grupo e abraçou a namorada.

- Olá, Juliette.   Como estás?

- Bem, e tu Sérgio?   Este é o Vicente.
Vicente, este é meu amigo Sérgio.

- Muito gosto,  disseram eles.

Vicente fazia questão de estar com o braço sobre os ombros de Juliette enquanto ela conversava com todos.

Juliette uma ou outra vez olhava para o local onde estava Rodolffo.   Ele estava sózinho encostado numa das paredes da capela e de cabeça baixa.

- Sérgio.  Espero que o Rodolffo não esteja isolado por causa de eu estar aqui.  Somos todos adultos e podemos muito bem partilhar o mesmo espaço.  Não quero que ninguém seja excluído pela minha presença.

- Não  te preocupes.  É que ele próprio ultimamente tem-se excluído.

Logo foram chamados para entrar na capela pois o noivo tinha chegado e a noiva já estava a caminho.

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