15 - o coisa ruim voltou

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Faz algumas horas que voltamos do acampamento e estou agora com minha mãe na sala de casa, estava falando como foi a semana para ela até que a memória do ocorrido veio na minha mente

— mãe, ontem no meio do treino eu fui para o bebedouro fora do ginásio e vi ele lá

Mãe – ele... – pareceu demorar um pouco para associar – pera, ele estava no seu acampamento? Como assim ele estava lá? Como ele foi parar lá?

— eu não sei, só sei que ele apareceu no local onde eu estava, depois de anos, fiquei completamente desesperado

Mãe – o meu filho, você está bem? Ele não te viu né? Como você está?

— eu estou bem, e ele não me viu, me escondi e pedi para as meninas avisarem a todos que se um homem perguntasse de mim era para falar que não me conheciam e que eu não estava lá

Mãe – vamos falar com a Naomi sobre isso, é muito preocupante ele saber exatamente onde te procurar

— sim, é disso que eu tenho medo, vai que ele começa a me perseguir? Eles não conseguiram prender ele então a qualquer momento ele pode aparecer

Mãe – sim, vou ligar para a Naomi e pedir para encontrar com ela amanhã, precisamos arrumar uma forma de nos mantermos seguros o quanto antes

— okay, agora eu vou dormir que eu não descansei nada no ônibus, tive que enrolar todo mundo para não precisar tocar no assunto

Mãe – você sabe que em algum momento vai ter que conversar com eles sobre você né?

— eu sei, mas é que eu tenho medo

Mãe – eu tenho certeza que eles vão te apoiar, todos são bons rapazes, até mesmo aquele varapau que vive de cara fechada junto com o que parece um morango, aquele menino é um doce inclusive

— mesmo assim eu ainda tenho medo da reação que eles podem ter, já aconteceu antes, pareciam que iam me apoiar mas acabei me machucando

Mãe – não precisa falar nada com ninguém se não quiser, só faça se se sentir confortável, mas meu instinto de mãe diz que eles te apoiarão e se não eu dou um cocão em tudinho

— falando nisso o Kenma descobriu

Mãe – é aquele que parece um pudim que você vive jogando?

— esse mesmo

Mãe – como?

— pode ser que ele acidentalmente tenha visto mais do que deveria e descobriu – falo corando e sentindo minhas orelhas esquentarem

Mãe – como assim viu? – fala estreitando os olhos – ele te apoiou né? Espero que tenha, se não eu realmente queria fazer um passeio em Tokyo mesmo

– eu estava com uma toalha e ela acabou caindo, aí ele viu, mas foi bem respeitoso e se virou, foi até pra fora do quarto, tá que ele parecia que ia morrer, e sim ele me aceitou, só tava um pouco em choque

Mãe – tá vendo

— algum momento eu vou falar com eles

Mãe – e eu estarei aqui por você para qualquer resultado, agora vá dormir

— okay, e muito obrigado, te amo mãe, não sei o que seria sem você – a abraço e beijo sua testa, logo partindo em direção as escadas e subindo para o meu quarto





É isso meus amores, capítulo pequeno mas o próximo vai estar maiorzinho

Estou aqui sofrendo um pouquinho pra encaixar passado e presente mas alguma hora vai, mesmo que fique confuso e viajando de lá pra cá

Espero que tenham gostado, votem e comentem muito

Beijoo

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