ONZE

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PEGO NO SONO E acordo com alguém batendo na porta

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PEGO NO SONO E acordo com alguém batendo na porta.

- Entra. - Digo sonolenta.

Jotapê abre a porta.

- Tem visita pra você.

- Já desço. - Digo e ele fecha a porta.

Levanto lavar o rosto e os dentes, penteio meu cabelo e desço.

Descendo as escadas dou de cara com o Rogério e reviro os olhos.

- Oi. - Ele diz vindo na minha direção para beijar minha bochecha mas afasto ele com um leve empurrão.

- O que você quer?

- Nossa, já voltou a me odiar? - Ele diz surpreso.

- Eu nunca parei. - Digo seca. - Tá agora responde minha pergunta.

- Me contaram sobre.... o lance da sua mãe. - Ele diz dando uma pequena pausa.

- João Pedro bocudo.

- Eu só vim ver como você tá.

- Já viu agora pode ir, tchau. - Digo forçando um sorriso.

- O que eu fiz pra você, caralho? E por causa do Doprê? - Diz já sem paciência.

- O que vc fez pra mim? - Rio sarcástica. - Você destruiu a minha vida, Rogério.

- E EU JÁ PEDI DESCULPA, SUPERA PORRA. - Diz gritando e eu recuo dando um passo pra trás.

- Lara, desculpa. - Diz arrependido e aparentemente assustado.

- Vai embora, Rogério. - Digo apontando pra porta enquanto seguro as lágrimas.

Ele vira as costas e vai embora e eu subo correndo pro quarto do João.

Abro a porta e ele pula da cama.

- O que houve? - Diz vindo na minha direção já de braços apertos.

Abraço o mesmo deixando as lágrimas finalmente caírem.

- E- eu acho que.... - As palavras não saiam, parecia que havia um nõ na minha garganta.

- O que você acha, Ana Lara? - Ele pergunta me afastando e me olhando preocupado.

- Eu acho que estou apaixonada por ele de novo. - Falo baixo em um quase sussurro.

As palavras saíram rasgando.

- Tu tá sendo otária isso sim. - Ele diz me fazendo arregalar os olhos.

- Era pra você me consolar não me deixar mais mal. - Digo limpando as lágrimas do meu rosto.

- Desculpa Lara mas é a verdade, ele é meu amigo mas não podemos esquecer tudo que ele te fez passar.

- Você acha que eu queria gostar dele? Eu estou me crucificando por isso não preciso de mais cobrança. - Viro as costas e vou embora.

[...]

Eu estava andando pelas ruas de Guarulhos a uma meia hora já, sem rumo.

Até que lembro de alguém que me apoiaria mesmo se eu falasse que matei alguém.

Mudo o rumo pra casa do Doprê.

[...]

Fico uns 20 minutos encarando o portão grande de ferro e a casa verde claro sem nenhuma reação.

Eu não sei se estou fazendo a coisa certa, estou indo contar pra pessoa que é apaixonada por mim que eu estou apaixonada por outro, parabéns Ana Lara.

Saio do transe quando um menininho que corria pelo pátio chama minha atenção.

- Quem é você? - Ele pergunta me olhando através das grades do portão.

- O Pedro está?

- TIO PEDRO, SUA NAMORADA TÁ LÁ FORA. - Ele grita correndo para dentro da casa.

Eu odeio crianças.

Vejo o Pedro olhando pela janela curioso mas logo sorri e vem até mim.

- Oi. - Digo meio tímida pelo o que o garoto tinha dito.

- Oi. - Ele diz sorrindo enquanto abre o portão.

- Não liga pra ele tá, é o meu sobrinho. - Ele diz me dando espaço pra entrar.

- Tudo bem.

- Bom, algum motivo pra essa visita especial?

- Eu preciso desabafar.

- Pensei que essa era a função do Jota. - Ele diz confuso.

- Eu queria conversar com você. - Vejo seus olhos castanhos ficarem mais escuros do que nunca e senti minhas pernas tremerem.

O que eu vou falar vai doer mais em mim do que nele.

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BOM DIA 🤭
( NÃO REVISADO)

Maldito passado - Apollo McOnde histórias criam vida. Descubra agora