PEGO NO SONO E acordo com alguém batendo na porta.
- Entra. - Digo sonolenta.
Jotapê abre a porta.
- Tem visita pra você.
- Já desço. - Digo e ele fecha a porta.
Levanto lavar o rosto e os dentes, penteio meu cabelo e desço.
Descendo as escadas dou de cara com o Rogério e reviro os olhos.
- Oi. - Ele diz vindo na minha direção para beijar minha bochecha mas afasto ele com um leve empurrão.
- O que você quer?
- Nossa, já voltou a me odiar? - Ele diz surpreso.
- Eu nunca parei. - Digo seca. - Tá agora responde minha pergunta.
- Me contaram sobre.... o lance da sua mãe. - Ele diz dando uma pequena pausa.
- João Pedro bocudo.
- Eu só vim ver como você tá.
- Já viu agora pode ir, tchau. - Digo forçando um sorriso.
- O que eu fiz pra você, caralho? E por causa do Doprê? - Diz já sem paciência.
- O que vc fez pra mim? - Rio sarcástica. - Você destruiu a minha vida, Rogério.
- E EU JÁ PEDI DESCULPA, SUPERA PORRA. - Diz gritando e eu recuo dando um passo pra trás.
- Lara, desculpa. - Diz arrependido e aparentemente assustado.
- Vai embora, Rogério. - Digo apontando pra porta enquanto seguro as lágrimas.
Ele vira as costas e vai embora e eu subo correndo pro quarto do João.
Abro a porta e ele pula da cama.
- O que houve? - Diz vindo na minha direção já de braços apertos.
Abraço o mesmo deixando as lágrimas finalmente caírem.
- E- eu acho que.... - As palavras não saiam, parecia que havia um nõ na minha garganta.
- O que você acha, Ana Lara? - Ele pergunta me afastando e me olhando preocupado.
- Eu acho que estou apaixonada por ele de novo. - Falo baixo em um quase sussurro.
As palavras saíram rasgando.
- Tu tá sendo otária isso sim. - Ele diz me fazendo arregalar os olhos.
- Era pra você me consolar não me deixar mais mal. - Digo limpando as lágrimas do meu rosto.
- Desculpa Lara mas é a verdade, ele é meu amigo mas não podemos esquecer tudo que ele te fez passar.
- Você acha que eu queria gostar dele? Eu estou me crucificando por isso não preciso de mais cobrança. - Viro as costas e vou embora.
[...]
Eu estava andando pelas ruas de Guarulhos a uma meia hora já, sem rumo.
Até que lembro de alguém que me apoiaria mesmo se eu falasse que matei alguém.
Mudo o rumo pra casa do Doprê.
[...]
Fico uns 20 minutos encarando o portão grande de ferro e a casa verde claro sem nenhuma reação.
Eu não sei se estou fazendo a coisa certa, estou indo contar pra pessoa que é apaixonada por mim que eu estou apaixonada por outro, parabéns Ana Lara.
Saio do transe quando um menininho que corria pelo pátio chama minha atenção.
- Quem é você? - Ele pergunta me olhando através das grades do portão.
- O Pedro está?
- TIO PEDRO, SUA NAMORADA TÁ LÁ FORA. - Ele grita correndo para dentro da casa.
Eu odeio crianças.
Vejo o Pedro olhando pela janela curioso mas logo sorri e vem até mim.
- Oi. - Digo meio tímida pelo o que o garoto tinha dito.
- Oi. - Ele diz sorrindo enquanto abre o portão.
- Não liga pra ele tá, é o meu sobrinho. - Ele diz me dando espaço pra entrar.
- Tudo bem.
- Bom, algum motivo pra essa visita especial?
- Eu preciso desabafar.
- Pensei que essa era a função do Jota. - Ele diz confuso.
- Eu queria conversar com você. - Vejo seus olhos castanhos ficarem mais escuros do que nunca e senti minhas pernas tremerem.
O que eu vou falar vai doer mais em mim do que nele.
----------------------------------------------
BOM DIA 🤭
( NÃO REVISADO)
VOCÊ ESTÁ LENDO
Maldito passado - Apollo Mc
FanfictionO que fazer quando você tem que conviver com a pessoa que você mais odeia? Bom faça qualquer coisa menos siga o exemplo desses dois.